'Fada da Floresta' é a 7 000º Espécie a Entrar para o Photo Ark
Joel Sartore fotografou o opossum-de-Leadbeater no Santuário de Healesville, um jardim zoológico especializado em espécies endémicas da Austrália.

Fotografar todos os animais, de todos os jardins zoológicos e de todas as reservas do mundo, pode parece uma tarefa de proporções quiméricas, mas não para o fotógrafo Joel Sartore.
O National Geographic Photo Ark é um projeto cujo objetivo é catalogar e mostrar todas as espécies de animais em cativeiro, alertando e sensibilizando assim as pessoas para a preservação da vida animal. É no âmbito da Photo Ark que Sartore acaba de alcançar o extraordinário número de sete mil animais fotografados.
O opossum-de-Leadbeater é um marsupial adorável, nativo das florestas de acácias de Victoria, na Austrália. Devido à forma como se desloca à noite pelo sub-bosque e descansa nas cavidades que encontra nas árvores, deram-lhe a alcunha de ‘Fada da Floresta’. A maior ameaça para esta espécie reside no declínio florestal, isto é, na perda do seu habitat por ação dos fogos e da desflorestação. Durante cerca de 50 anos, não foram avistados exemplares desta espécie, até que o botânico Eric Wilkinson e dois colegas se aventuraram pelos bosques perto de Marysville, na Austrália, na noite de 3 de abril de 1961.
Este exemplar foi fotografado no Santuário de Healesville, um jardim zoológico especializado em espécies endémicas da Austrália, associado aos outros zoos de Victoria.
Estimando-se que existam apenas cerca de 50 exemplares da espécie, o estatuto destes opossuns passou de espécie ameaçada para espécie altamente ameaçada. Os jardins zoológicos de Victoria planeiam começar a criá-los em cativeiro em breve.
A National Geographic Photo Ark pretende documentar a biodiversidade, bem como encontrar formas inovadoras de salvar e proteger as espécies ameaçadas e os seus habitats. Joel Sartore, fundador do projeto, já passou por quarenta países, criando retratos fascinantes e enternecedores dos animais que fazem parte da Photo Ark.
“Quero que as pessoas se interessem, se apaixonem e que hajam,” disse-nos.
Apesar de já ter fotografado sete milhares de animais, sabe que o caminho ainda é longo até atingir o seu objetivo: fotografar cerca de 12 000 animais que vivem em cativeiro.