18 Fotografias Intemporais que nos Lembram por que Temos Saudades de Viajar
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BAYAN-ÖLGII, MONGÓLIA
Jovens caçadores de águias preparam-se para competir no Festival Golden Eagle em Bayan-Ölgii, na Mongólia. “Embora eu seja sempre uma estranha, regressar várias vezes ao mesmo lugar, para mim, parece a forma mais satisfatória de viajar, em vez de estar sempre a visitar um país novo”, diz a fotógrafa Hannah Reyes Morales. “Regressar significa que posso fazer ligações mais profundas e conhecer melhor um lugar.”
AL ‘ULA, ARÁBIA SAUDITA
“A minha primeira viagem ao deserto foi com um grupo de sauditas que eu nunca tinha conhecido antes. Embora eu viva num país que tem o segundo maior deserto do mundo, na verdade nunca passei uma noite inteira no deserto”, diz o fotógrafo Tasneem Alsultan. “Um amigo meu sugeriu que eu saísse com um grupo de amigos dele para me sentar perto da fogueira e simplesmente desfrutar das estrelas e da natureza. Adorei cada minuto.”
FIORDLAND, NOVA ZELÂNDIA
“À primeira vista, Fiordland é uma paisagem sombria, semelhante às que vimos na trilogia O Senhor dos Anéis, com montanhas escarpadas e fiordes tranquilos. E debaixo de água é como visitar mundos alienígenas”, diz o fotógrafo Brian Skerry. “Aqui, os rios de água doce que desaguam no mar estão manchados com taninos, criando uma camada escura permanente que fica por cima da água do mar, bloqueando a maior parte da luz solar. Explorar esta região foi como nadar pelas páginas de um livro de histórias, com criaturas requintadas e paisagens marinhas de sonho em cada mergulho.”
UTQIAGVIK, ALASCA
Um caçador Inupiat espera pacientemente por uma baleia na extremidade do gelo em Utqiagvik, no Alasca – uma tradição que tem pelo menos mil anos. O fotógrafo Kiliii Yüyan é descendente de caçadores e pescadores Hezhe (Nanai em russo) do norte da China e sudeste da Sibéria. Durante cinco anos, Kiliii Yüyan passou um total de 10 meses acampando com uma tripulação no gelo marinho para observar as baleias. “Iniciei este projeto à procura do sentimento de comunidade que perdi quando a minha família foi deslocada da sua terra natal”, diz Kiliii. “Eu parti daqui com uma sensibilidade Inupiat profundamente enraizada e com uma nova comunidade a quem posso chamar lar.”
PEQUIM, CHINA
A fotógrafa Camilla Ferrari capta a sua irmã a caminhar pela rua principal do famoso bairro de Sanlitun, em Pequim, na China. “Lembro-me de meditar sobre a quietude das águas do lago de Houhai e ficar hipnotizada e confusa com o ritmo das pessoas em alvoroço pelas ruas e pelo metro”, diz Camilla. “Lembro-me dos sons de um idioma que não compreendia e das minhas tentativas fracassadas para descodificar os gestos. Este sentimento é algo que desejo aprofundar assim que for possível viajar novamente.”
DOLPO, NEPAL
Iaques percorrem uma colina no vale de Chu-tang, em Dolpo, no Nepal. “As aldeias e mosteiros nesta região remota parecem intemporais”, diz a fotógrafa Beth Wald. “Os santuários budistas e as enormes pilhas mani esculpidas, ou pedras de oração – muitas vezes com bandeiras de oração penduradas por cima – alinham as entradas da maioria das aldeias, pelo que toda a paisagem parece ter um significado sagrado.”
PUTLA, OAXACA, MÉXICO
Com os seus trajes tradicionais, os tiliche (homens vestidos com restos de roupas), escoltam a rainha do Carnaval Putleco pelas ruas de Putla, para dar as boas-vindas à época de festividades. “No México, há sempre um bom motivo para as pessoas se reunirem e celebrar”, diz Luján Agusti.
HONOLULU, HAVAI
Um arco-íris duplo brilha sobre o Monte Tântalo, perto de Honolulu, no Havai. “O meu irmão é piloto da Força Aérea e trabalhou no Havai durante vários anos. Ele conheceu a sua esposa lá, e quando fizeram um ano de aniversário de se terem conhecido, o meu irmão planeou um elaborado pedido de casamento. Depois de a minha agora cunhada ter dito que sim, os seus pais, que o meu irmão tinha levado de Nova Iorque, aproximaram-se e surpreenderam-na com a sua presença, e as nossas famílias puderam celebrar juntas”, conta a fotógrafa Maddie McGarvey. “O meu pai faleceu no início deste ano, e esta memória de pura felicidade vivida em família será sempre muito especial para mim.”
SALZBURGO, ÁUSTRIA
A Fortaleza de Hohensalzburg, o maior castelo completamente preservado da Europa Central, oferece uma vista de 360 graus sobre Salzburgo. “Devido à pandemia, já não via o meu companheiro há seis meses. Quando a Alemanha permitiu a visita de casais, pudemos encontrar-nos e, durante esse tempo, fizemos uma viagem de carro até à Áustria”, diz a fotógrafa Ester Ruth Mbabazi. “Ficámos parados em Salzburgo devido às restrições relacionadas com a COVID-19, mas queríamos seguir para Viena.” (Relacionado: 25 castelos onde pode passar a noite.)
SAINT-RÉMY-DE-PROVENCE, FRANÇA
“Este é um lugar carregado de espírito artístico – assombrado, parado no tempo”, diz a fotógrafa Lynn Johnson. “A forma como a luz se move pela paisagem e irradia das paredes para o teto abobadado mantém estes espaços vivos.” Hoje, o Mosteiro de Saint Paul de Mausole – a inspiração para a coleção de quadros de Vincent van Gogh Asilo de Saint-Paul, Saint-Rémy – ainda é um santuário, um espaço criativo para as mulheres que lutam contras os desafios da saúde mental. “As pinturas destas mulheres vibram com um significado conhecido apenas por elas e são tão viciantes quanto a luz que habita este reino no sul de França”, diz Lynn.
ILHAS BANDA, INDONÉSIA
Lahaji Lasiddiq é agricultor de noz-moscada na Ilha Ay, uma das 11 ilhas que compõem o arquipélago de Banda, na Indonésia. As Ilhas Banda fazem parte do que historicamente era conhecido por Ilhas das Especiarias, e são o lugar de origem da noz-moscada. “Chegar lá não é fácil, mas é sempre extremamente agradável”, diz o fotógrafo Muhammad Fadli. “Um amigo meu disse-me uma vez que este era um lugar tranquilo com uma história agitada.”
PARQUE NACIONAL DE BADLANDS, DAKOTA DO SUL
Estabelecido enquanto parque nacional em 1978, o Parque Nacional de Badlands, no Dakota do Sul, oferece vistas espetaculares de formações rochosas vermelhas e laranja que se projetam da terra. “Depois de conduzir 2730 quilómetros desde Nova Iorque, cheguei ao Parque Nacional de Badlands”, diz o fotógrafo Ismail Ferdous. “Acampar lá foi um momento inesquecível da minha vida. A América é linda!”
PRAIA DELRAY, FLÓRIDA
Amalia Suarez, de Fort Lauderdale, conforta a sua filha de 18 meses, Aliah, na Praia Delray, na Flórida, depois de o mar agitado as ter impedido de darem um mergulho. “De certa forma, a magia do mar perde-se para mim quando tenho pessoas à volta”, diz a fotógrafa Maggie Steber. “Não podemos ouvir o barulho das ondas ou ter um momento pessoal com o ventre da Terra. Mas, nas minhas explorações, redescobri [lugares] ao longo do Atlântico que nunca tinha explorado por completo nos meus 20 anos de vida em Miami”. (Relacionado: As 21 melhores praias do mundo.)
SIERRA MADRE OCCIDENTAL, MÉXICO
Ceferino González e o seu filho Licho aproveitam para descansar na sua caminhada pela Sierra Madre Occidental, um enorme sistema de cadeias montanhosas que se estende pela costa oeste do México. “Tenho muitas saudades de viajar para as áreas remotas do meu país e conhecer as pessoas, as histórias, as tradições e os seus modos de vida”, diz o fotógrafo César Rodríguez.
CARACAS, VENEZUELA
Uma jovem sentada na fonte da Plaza Altamira, durante o Carnaval da Venezuela. “Recordo-me muitas vezes desta tarde, tenho saudades da minha comunidade, saudades da luz da tarde em Caracas, saudades dos dias a caminhar e a respirar no meio da multidão, sem receios ou pensamentos sobre contágios”, diz a fotógrafa Natalie Keyssar. “Algumas semanas depois de tirar esta fotografia, voei para casa nos Estados Unidos, para ficar perto da minha família durante a pandemia, mas quando imagino a vida após a pandemia, sei que o primeiro lugar para onde vou regressar é Caracas. ”
PARQUE NACIONAL DE BAND-E-AMIR, AFEGANISTÃO
Aninhado na Cordilheira Hindu Kush, o Band-e-Amir é o primeiro parque nacional do Afeganistão. Os seus lagos azuis-celeste, separados por represas naturais de depósitos de travertino, são uma raridade geológica, e as suas águas atraem anualmente centenas de milhares de afegãos vindos de províncias de todo o país. “Os afegãos acreditam que a água [do parque] é sagrada”, diz a fotógrafa Newsha Tavakolian. “Eu vi um soldado perturbado que foi levado para o lago pela sua família; eles colocaram uma corda à volta do seu corpo e empurraram-no para o lago. A água ia curá-lo, disseram eles. Pedi a uma mulher para me ajudar a entrar. Era a água mais fria de sempre.”
MUMBAI, ÍNDIA
Uma viajante desfruta da brisa numa carruagem só para mulheres em Mumbai, na Índia. “Há tanta vida e cor nas ruas [de Mumbai] – esta cidade tem quase tanta população como o meu país [Canadá], e a energia da cidade é contagiante”, diz a fotógrafa Amber Bracken.
CIDADE DE HO CHI MINH, VIETNAME
A fotógrafa Daniella Zalcman capta um dos seus primos a podar o seu jardim de bonsais, no telhado da sua casa, na Cidade de Ho Chi Minh. “Mal posso esperar pela vida após a pandemia”, diz Daniella, “para poder regressar e explorar a Cidade de Ho Chi Minh, porque alguns distritos da cidade são agora quase irreconhecíveis para mim, e quero passar mais tempo com os meus primos mais novos que, de alguma forma, se transformaram em adultos”.