Fotografias encantadoras de periquitos-de-colar que habitam Lisboa
Estas aves exóticas que estão espalhadas pelas árvores de Lisboa, não são autóctones, e trazem um novo ar colorido à cidade. O fotógrafo Vasco Coelho acompanha-as desde 2016 para documentar os seus hábitos e a forma como habitam a cidade.
Publicado 11/11/2021, 16:20
Este periquito-de-colar aproveita as primeiras horas da manhã para se alimentar deste bago de romã sumarento. Estas aves abrem as romãs ainda verdes para comerem os bagos que estão no interior, na maior parte dos casos voltam ao mesmo fruto até o finalizarem por completo, passando depois para outro até a árvore ficar sem frutos. Este processo demora aproximadamente entre dois a três meses.
Iluminada pelos primeiros raios de sol da manhã, esta ave prepara-se para aterrar no local onde se irá alimentar. Para aterrar, estas aves abrem as asas e as penas da cauda revelando toda a sua cor exótica.
Durante o inverno, estas aves continuam em busca de alimentos doces, neste caso este periquito-de-colar “rasgou” esta laranja e alimenta-se tão rápido que fica com o bico cheio de pedaços.
Em bandos com dezenas de indivíduos, os machos guiam o grupo até aos locais onde vão pousar. A sua passagem é bastante notável, devido aos seus chamamentos estridentes que transformam por breves instantes a cidade de Lisboa numa floresta urbana.
Com a hora do lanche quase a acabar, este macho aproveita cada pedaço da sua baga antes de voar em direção à árvore onde habita.
Durante as primeiras horas do dia, o bando de periquitos-de-colar chega ao seu “restaurante” com um buffet suculento de bagos de romã à sua espera. Antes de começarem a alimentar-se, a maior parte das aves do bando pousa nos ramos exteriores da árvore, depois de visualizarem o alimento voam na sua direção.
As aves mais curiosas deslocam-se para o exterior das árvores para se alimentarem, mas também para conseguirem observar melhor se há perigo por perto. Desta forma, estas aves têm o papel mais importante do grupo, são estas aves que avisam se há perigo por perto.
Através do seu equilíbrio, esta ave consegue aterrar em quase todos os ramos, mas antes de conseguir manter o equilíbrio abre e fecha as asas o mais rápido que conseguir para ficar estável e poder observar o alimento desta árvore.