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Página do Fotógrafo
Mélanie Wenger
Simon’s Town, na África do Sul, é o lar de uma enorme colónia de reprodução de pinguins-africanos. Alguns pinguins habituaram-se aos humanos, instalando-se em jardins domésticos e vagueando pelas casas das pessoas. Algumas pousadas estão a aproveitar isso, usando a presença dos pinguins como atração, mas os especialistas em pinguins alertam que esta habituação faz com que as aves atravessem estradas ou sejam atropeladas por carros. A época de pico do turismo coincide com a muda anual das aves, um evento de verão em que os pinguins não conseguem procurar comida durante várias semanas, tornando-os mais vulneráveis ao stress. (Do artigo “Os únicos pinguins de África enfrentam um futuro incerto”, outubro de 2021.)
Um órix-da-arábia, sedado num atrelado no Rancho 777 no Texas, aguarda transporte para outra instalação. Extintos na natureza, os órix-da-arábia são criados, comprados e vendidos em muitos ranchos no Texas. Michael Rann, sobrinho do proprietário deste rancho, cuida dos 6000 animais na propriedade. Apesar de Michael perceber que as taxas de caça são a principal fonte de rendimento do rancho, perder animais para os caçadores pode ser doloroso. “Gostaria que os animais que eu criei não fossem mortos”, diz Michael. "Mas é o que é. Eu sei ao que vim.” (Do artigo “Nos bastidores dos ranchos de animais exóticos do Texas”, de julho de 2020.)
Uma zebra sedada é içada por helicóptero num rancho do Texas chamado Sexy Whitetails, perto de San Angelo. Esta zebra faz parte dos cerca de um milhão de animais exóticos que povoam os ranchos de todo o estado do Texas. Os animais são frequentemente comprados, vendidos e trocados entre ranchos. Muitos estão disponíveis para caçadores matarem por preços elevados. (Do artigo “Nos bastidores dos ranchos de animais exóticos do Texas”, de julho de 2020.)
Esquerda: Kade McGuffin, guia do 777 Ranch, espalha milho para atrair veados chital para os caçadores. Direita: Grace Ingrande, de 17 anos, aguarda para dar um tiro certeiro num veado chital, numa tenda de caça no 777 Ranch. Grace diz que adora caçar com o pai, que é comandante de um rebocador. “Parece que o mundo abranda, e só existo eu, a arma e o veado”, diz Grace sobre a sensação que sente quando está prestes a disparar.
A cabeça esfolada do órix-da-arábia caçado por Miller, no congelador do 777 Ranch, aguarda processamento – os chifres vão ser branqueados para serem exibidos como troféu decorativo.
Os veados chital, nativos da Ásia, percorrem as enormes pastagens do 777 Ranch. Ao longo dos anos, os chital escaparam de outros ranchos de animais exóticos e estabeleceram populações selvagens no Texas, como aconteceu com outras espécies não nativas – como os carneiros-da-barbária e os antílopes nilgó. Os animais exóticos de grande porte requerem muita vegetação e podem limitar a alimentação de outros herbívoros nativos. Esta é uma das razões pelas quais o Departamento de Parques e Vida Selvagem do Texas geralmente “incentiva a remoção de ungulados exóticos”, diz Mark Mitchell, que gere a Mason Mountain Wildlife Management Area, um antigo rancho de caça onde os investigadores estudam os impactos ecológicos de seis espécies exóticas que ficaram no local.
Wes Livingston e BJ Dugger seguram nos chifres de uma palanca-negra que foi transportada por via aérea desde o Tequila Trophy Ranch, em Utopia, no Texas, a cerca de 100 quilómetros a oeste de San Antonio. Na Nitro Whitetails and Exotics, a cerca de 130 quilómetros a oeste, observei de perto como funcionam as operações de transporte aéreo. Em maio de 2019, voei com Darren “Chavi” Flores, piloto de helicóptero, e com Tad Honeycutt, o chefe da equipa de captura da Wildlife Partners, sobre um rebanho de órix-do-cabo – um antílope de grande porte que tem chifres longos e retos – para uma operação de captura e venda. Honeycutt carregou uma arma de dardos com um agente que bloqueia os impulsos nervosos, para imobilizar temporariamente o animal, e disparou. O helicóptero aterrou assim que o antílope caiu. Honeycutt saiu a correr e agarrou nos chifres do animal, e outro funcionário que voou connosco amarrou-lhe as pernas. Enquanto a saliva se acumulava no queixo do órix, os homens colocaram-no num suporte ligado ao helicóptero. Depois, foi levado para um curral de retenção temporária, enquanto outros animais eram apanhados. Nas quatro horas que se seguiram, a equipa capturou sete ádax, quatro órix-do-cabo, dois blesbok e uma palanca – os animais foram todos comprados pela Wildlife Partners, por 37 mil dólares, com um cheque passado ao proprietário no local.
Michael Rann, gestor de criação do 777 Ranch, um enorme estabelecimento de caça perto de Hondo, tenta sedar um órix-da-arábia para transporte. Michael, sobrinho de Jeff Rann, o dono do rancho, cuida dos 6 mil animais da propriedade e conhece muitos deles desde que nasceram, reconhecendo-os individualmente. Apesar de Michael reconhecer que os honorários da caça são a principal fonte de receita do rancho, perder os animais para os caçadores pode ser doloroso. “Gostava que os animais que eu criei não fossem abatidos”, diz Michael. “Mas é o que é. Eu sei ao que vim.”
Brian Gilroy, proprietário da empresa de animais exóticos Wildlife Partners, alimentava girafas em Mountain Home, no Texas, no outono de 2018, quando a fotógrafa Mélanie Wenger visitou propriedades de caça na região. Duas girafas adultas podem ser vendidas por 250 mil dólares ou mais, diz Gilroy. Ao contrário de muitas outras espécies comercializadas neste setor, as girafas não são caçadas – são compradas e vendidas como curiosidades aos proprietários de terrenos. Como acontece com a maioria dos ranchos que possuem ruminantes exóticos, a Wildlife Partners não organiza caçadas comerciais. Em vez disso, a empresa cria, compra, vende e transporta animais entre ranchos.
No 777 Ranch, um órix-da-arábia aguarda dentro de um atrelado para ser transportado para uma instalação da Wildlife Partners. O rancho pertence a Jeff Rann, que nasceu no Botsuana. Os braços de Jeff têm várias cicatrizes – incluindo as marcas de uma dentada de um leopardo que ficou ferido durante uma caçada e uma cicatriz de uma marrada de uma palanca-negra. Jeff Rann, caçador profissional – alguém que orienta os caçadores desportivos enquanto perseguem as presas – é especialista em caça perigosa. No 777 Ranch não existem leopardos ou outros predadores, mas existem 40 espécies de animais ungulados, alguns dos quais podem ser perigosos.