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Página do Fotógrafo
Sim Chi Yin
Uma casa junto ao rio Tien é reclamada pela água e pela vegetação, após o desabamento de parte da margem do rio em 2013.
Como tantos outros habitantes que vivem nas margens do rio Tien, Phan Thi, de 86 anos, teme que a sua casa ancestral seja levada um dia pelas águas do rio. Uma casa de tijolo situada em frente à sua desabou, parcialmente, nas águas do rio entre 2014 e 2015 e está agora abandonada. Os habitantes locais dizem que este tipo de erosão ocorre desde 2011. Vinte lares na aldeia de Phu Loi B subscreveram uma petição, pedindo ao governo proteção contra a erosão. A única melhoria que referem é a da deslocação das dragas da margem do rio para o meio das águas.
Nguyen Thi Hoang Lien, uma vendedora de noodles, serve o pequeno-almoço em tijelas escaldantes a outros vendedores em Cai Rang, um mercado flutuante de frutas e vegetais situado na cidade de Can Tho, no delta do rio Mekong. Ao longe, observa-se um amontoado de areia e materiais de construção, que se tornaram presença constante nesta cidade em franco crescimento.
No delta do rio Mekong, os passageiros atravessam o rio Tien num ferry. O delta é um labirinto de rios e canais, e os ferries são o principal meio de transporte público, assumindo um papel crucial no dia-a-dia das populações.
Uma balsa carregada com areia acabada de extrair passa em frente a uma casa abandonada no rio Tien, o afluente norte do rio Mekong. A par da extração de areias, as alterações climáticas e a construção de barragens ameaçam a atividade piscatória e outros usos do rio.
Em julho de 2017, Ba Tu, de 72 anos, regressou ao que restava da sua casa em Nha Be, um subúrbio da cidade de Ho Chi Minh. Quatro dias antes, parte da sua casa tinha mergulhado nas águas do rio. Ba Tu estava em casa com a nora, quando se deu o desabamento, mas ambas as mulheres escaparam sem ferimentos.
Trabalhadores de uma balsa de transporte de areia perto da cidade de Can Tho limpam com jatos de água um monte de areia retirada dos afluentes do Mekong. A areia molhada é, posteriormente, bombeada através de condutas subterrâneas até um estaleiro de construção de estradas situado no interior.
Balsas com areia descem o canal de Cho Gao em direção à cidade de Ho Chi Minh. As balsas transportam, habitualmente, 700 toneladas de areia, embora algumas suportem uma carga até 1600 toneladas.
A cidade de Ho Chi Minh, antiga Saigão, é o polo económico do Vietname. Muita da areia retirada do rio Mekong destina-se à construção nesta cidade e noutras situadas no sul do Vietname. Alguma areia é também exportada para Singapura, que compra em grandes quantidades para projetos de recuperação de terras.
Nguyen Gia Lac, de 10 anos, e Nguyen Trung Kien, de 12, brincam num monte gigante de areia junto à sua aldeia, na ilha de Chau Ma, na província de Dong Thap, perto da fronteira com o Cambodja. O monte de areia proveniente do rio Tien ocupa o espaço do que foi, em tempos, um terreno agrícola e pertence a um empresário do Vietname. Enquanto que a extração de areia é vista com desagrado pelos aldeões, por causa do ruído e da erosão que provocam, a montanha de areia é uma atração local.