A Síria Adere ao Acordo Climático de Paris, Deixando os EUA Isolados
Apesar de uma retirada pendente, estados norte-americanos, ONG e empresas declararam fidelidade aos objetivos de limitação de emissões do acordo.

A Síria, uma nação destruída pela guerra civil, comprometeu-se a aderir à iniciativa global para travar as alterações climáticas. Agora, o único país fora deste acordo são os EUA.
O acordo de 2015 limita o aumento da temperatura global em 2 graus Celsius, e implementa esforços para limitar aumentos posteriores na casa dos 1,5 graus. A Síria, que tem estado envolvida num conflito armado desde que os protestos antigoverno revolucionaram o país em 2012, adiou o compromisso com o pacto não vinculativo devido ao conflito interno.
A Nicarágua assinou o acordo em finais de outubro, mas o Presidente Trump anunciou, em junho, os seus planos para abandonar o acordo, alegando preocupações de que iria prejudicar os trabalhadores e contribuintes norte-americanos.
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O jornalista ambiental Stephen Leahy, que acompahou a conferência, disse, através de e-mail, à National Geographic, que cidades e estados norte-americanos, além de universidades e ONG, alugaram um espaço no exterior da conferência para tranquilizar as pessoas e garantir que ainda estão empenhados nos objetivos do acordo.
"O povo norte-americano e os aliados planeiam realizar uma grande marcha em Bona, no sábado, para gritar: ‘ainda defendemos o acordo!’”, escreveu Leahy num e-mail. Acrescentou que os manifestantes estão a reiterar ações que estão a levar para o Acordo de Paris e "que Trump é uma aberração".
Desde o anúncio de Trump, cidades e estados espalhados pelos EUA declararam o seu apoio não oficial ao Acordo de Paris. Desde junho, 10 estados e o Distrito de Columbia comprometeram-se em seguir o Acordo de Paris, ao passo que vários estados aderiram à U.S. Climate Alliance (Aliança Climática dos EUA) e centenas de cidades assinaram a "Mayors National Climate Action Agenda", para reduzir as emissões a nível local. A logística impede os EUA de abandonarem oficialmente o acordo antes de novembro de 2020.
Segundo a Conservação Internacional: "o facto de termos quase todos os países do mundo a bordo, também envia um forte sinal às comunidades, às empresas e aos cidadãos dos EUA de que temos tanto o direito como a responsabilidade de intervir a nível das alterações climáticas."