Animais que Parecem Saídos de uma Fábula
Conheça animais que parecem saídos de uma fábula ou de um livro de fantasia.
E se dissermos que existem criaturas fantásticas muito parecidas com as que estamos habituados a ver no cinema e nas histórias para crianças? De lagartos satânicos a sapos assustadores conheça os animais que parecem saídos diretamente de uma fábula, pela lente de Joel Sartore.
OSGA-SATÂNICA-CAUDA-DE-FOLHA
A espécie Uroplatus Phantasticus é nativa de África e encontrada apenas em Madagáscar. A sua aparência incomum - “chifres”, olhos avermelhados e sem pálpebras, e cauda em formato de folha - valeu-lhe o nome Osga-Satânica-Cauda-de-Folha. Mas não se assuste!
Esta osga de 10 centímetros come principalmente grilos e borboletas – e não se lhe conhece nenhuma propensão para o satanismo.
DENDROBATES AZUREUS
Dendrobates azureus é o nome científico do Sapo-Boi-Azul. Este anfíbio que só se encontra nas florestas do Suriname e do extremo norte do Brasil é altamente venenoso para os seus predadores.
As toxinas neurotóxicas na pele paralisam e podem chegar a matar animais substancialmente maiores. Há quem os considere os animais mais tóxicos do mundo, e isto tudo em 3 a 4 cm de tamanho!
SAPO-FOLHA DAS ILHAS SALOMÃO
Ceratobatrachus guentheri, espécie anfíbia endémica das Ilhas Salomão, é conhecida por Sapo-Folha das Ilhas Salomão ou Sapo-de-Pestanas. É uma espécie nativa das Ilhas Salomão e Papua Nova Guiné, que se instala tanto em florestas como em jardins, parques e lagos.
Além da capacidade de se camuflarem em folhas secas, estes sapos não passam pela fase de girino, e emergem do ovo já como um pequenino sapo.
LAGARTO GIGANTE
O Lagarto Gigante, Phrynosoma asio, mais parece um dragão. É endémico da costa pacífica do México, e vive no deserto.
Os espinhos que parecem sair-lhe das costas nada mais são que escamas adaptadas, mas os chifres na cabeça são verdadeiros chifres. Quando não conseguem fugir, lançam um jato de sangue com muito mau sabor e odor que afugenta os predadores.
DENDRO WARTII
Dendro wartii é uma espécie de nudibrânquio, um molusco marinho gastrópode – como as lesmas do mar. Os nudibrânquios são dos animais mais coloridos do fundo do mar e dos mais fascinantes. São carnívoros, hermafroditas e podem ser venenosos. E esta?
BICHO-DE-FOLHA-SECA DA MALÁSIA
Deroplatys lobata é uma espécie de louva-a-deus, que se assemelha a uma folha em decomposição. Chamado de Bicho-de-Folha-Seca da Malásia, é originário da Ásia. Vive em zonas muito húmidas, florestas, e sempre no chão, na vizinhança de arbustos e folhas secas – o seu esconderijo por natureza.
AFRICAN MOON MOTH (ARGEMA MIMOSAE)
Argema mimosae é o nome científico deste bicho da seda, que mais parece uma fada. Esta traça é originária de África, e o seu nome comum em inglês é African Moon Moth – algo como Traça Africana da Lua.
Apesar de bem pequena, esta traça é uma das maiores do seu género, e costuma ter asas verde-esmeralda. As suas antenas douradas dão-lhe uma aparência quase mística, de fada.
BUKHARAN MARKHOR (CAPRA FALCONERI HEPTNERI)
A cabra-selvagem-paquistanesa, Capra falconeri heptneri, é uma espécie de cabra-antílope que se encontra classificada como Ameaçada pela UICN. É nativa do Tajiquistão, Turquemenistão, Paquistão, Uzbequistão e possivelmente Afeganistão. No entanto, só se encontra em reservas naturais – e em muito pequenas populações.
ANDERSON'S NEWT (ECHINOTRITON ANDERSONI)
Esta curiosa salamandra, toda negra, de nome científico Echinotriton andersoni, encontra-se nas Ilhas Ryukyu no Japão, estando considerada extinta da região no norte de Taiwan.
As populações desta salamandra encontram-se em declínio, e a espécie é classificada de Ameaçada, devido à perda crescente de habitat e caça para venda ilegal de animais exóticos. A Echinotriton andersoni é muito procurada para animal de estimação, pelo seu visual diferente.
MACACO-INGLÊS
O Macaco-Inglês, Uacari-Branco, Acari ou Guacari são nomes dados à espécie Cacajao calvus ucayalii, que é nativa da Amazónia, especialmente no Brasil e Peru. Esta espécie é Vulnerável devido ao declínio de 30% nas populações das últimas décadas.
Os Macacos-Ingleses são muito suscetíveis ao impacto humano, seja pela destruição do seu habitat natural, ou pela caça furtiva que sofrem.
ABUTRE-REAL
O abutre-real ou abutre-torgo, Torgos tracheliotos, ocorre na Península de Sinai, no deserto de Negev e na Arábia Saudita.
Este abutre é facilmente reconhecível pela sua dimensão – cerca de metro e meio -, e pela face avermelhada e enrugada. É uma espécie Ameaçada a nível global, com menos de 9.000 indivíduos no total.
MALASYIAN HORNED LEAF FROG (MEGOPHRYS NASUTA)
Megophrys nasuta é uma espécie de sapo restrita às florestas pluviais do Sul da Tailândia, Península da Malásia, Singapura e Borneo. Este sapo canibal tem um aspeto um pouco assustador com o seu longo nariz pontiagudo e as pálpebras saídas e triangulares que se assemelham a chifres. Tal como os sapos-folha, também este anfíbio se camufla na vegetação, em especial folhas mortas.
PIED TAMARIN
O sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) é uma espécie de primata nativa e apenas encontrada na Amazónia brasileira, com foco na região de Manaus, Rio Preto da Eva e Itacoatiara.
Os sauins-de-coleira são bem pequenos, medindo, sem a cauda, menos de 30 centímetros, e pesam cerca de 500 gramas. Vivem até dez anos na natureza e um pouco mais em cativeiro. No entanto, este primata está Ameaçado, e as populações têm vindo decrescer. Destruição e fragmentação do habitat, que leva a atropelamentos e eletrocussões, são as principais ameaças que enfrenta.
MANTELLA COWANII
Este anfíbio de nome científico Mantella cowanii encontra-se Criticamente Ameaçado, e está na Lista Vermelha da UICN. É endémico de Madagáscar e tem preferência por ecossistemas tropicais e subtropicais de florestas montanhosas, campos e rios.
Além da destruição do habitat natural deste sapo, a sua conservação está ameaçada também pela captura para venda – as cores vívidas tornam-no muito requisitado para animal de estimação.
Joel Sartore fez sua a missão de fotografar 12.000 espécies no âmbito do projeto Photo Ark. O fotógrafo da National Geographic viaja por vários países do Mundo em busca dos animais mais raros ou ameaçados para os fotografar e assim manter um registo, antes que desapareçam.
O ideal, no entanto, é chamar a atenção para o perigo que estas espécies enfrentam, e reverter a tendência que algumas sofrem. Atualmente, já vai a 75% do seu objetivo com 9000 espécies fotografadas!
Curioso para conhecer esta exposição? O Photo Ark está na Marina de Vilamoura até 30 de setembro de 2019. É uma atividade para toda a família.
Este conteúdo é-lhe trazido pelo nosso parceiro. Não reflete necessariamente a visão da National Geographic ou da sua equipa editorial.