O Faraó Tutankhamon, a Rainha Nefertiti e uma Árvore Genealógica Complicada
Publicado 8/03/2022, 12:54
O faraó mais famoso do Egito antigo foi fruto de uma união entre irmãos. A consanguinidade pode tê-lo afligido com um pé torto congénito e até mesmo tê-lo impedido de reproduzir um herdeiro com a sua esposa, que era, provavelmente, a sua meia-irmã.
Os resultados de ADN sugerem que esta múmia - decapitada por vândalos-poderia ser a mãe de pelo menos um dos fetos encontrados no túmulo do rei Tut. Se assim for, é provável que seja Ankhesenamun, filha de Akhenaten, e a mulher conhecida de Tutancamon.
Amenhotep III governava no esplendor há cerca de 3.400 anos atrás. O seu corpo foi encontrado em 1898 ocultado juntamente com mais de uma dúzia de outros membros da realeza em KV35, o túmulo do seu próprio avô, Amenhotep II.
A análise de ADN identificou esta beleza régia como sendo Tiye, a esposa de Amenhotep III e avó de Tutancâmon. Ela foi embalsamada com o braço esquerdo dobrado sobre o peito, símbolo do enterro de uma rainha. O seu cabelo permanece intacto graças ao clima árido do Egito.
Esta múmia bastante deteriorada foi descoberta em 1907. Os epítetos reais no seu caixão desfigurado sugererem que seja Akhenaton, o faraó herege que abandonou os deuses do Estado para adorar uma divindade única. O ADN confirmou que a múmia era do pai de Tut.
De acordo com testes de ADN, esta múmia, conhecida como a Dama Jovem, é a irmã de Akhenaton e também a mãe do seu filho, Tutancâmon. A Dama Jovem é provavelmente uma das cinco filhas conhecidas de Amenhotep III e Tiye.
Um feto de gestação, com pelo menos sete meses (à direita) foi encontrado no túmulo de Tut, juntamente com um feto mais fino e mais frágil. Um ou ambos podem ser das suas filhas. Os caixões aninhados (à esquerda) continham uma mecha de cabelo, talvez de Tiye, a avó de Tut.