São Estas as Sequelas das Armas Nucleares
Uma zona remota do Cazaquistão foi palco de praticamente um quarto de todos os testes nucleares do planeta. O impacto nos seus habitantes foi devastador.
Publicado 7/11/2017, 15:03

Estas estruturas de betão situam-se a cerca de 200 metros do local do primeiro teste nuclear soviético, no sítio de testes de Semipalatinsk, a sul de Kurchatov, no Cazaquistão.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Berik Syzdykov, 38 anos, surge aqui sentado à mesa da cozinha, na casa que partilha com a sua mãe, em Semey, no Cazaquistão. Berik nasceu com malformações congénitas, após a sua mãe ter sido exposta, durante a gravidez, à radiação de um teste nuclear realizado pela antiga União Soviética no sítio de testes de Semipalatinsk, no Cazaquistão. Berik é cego e já foi submetido a várias cirurgias para reduzir o inchaço no seu rosto.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Um suporte para guardar contentores de combustível de urânio no banco de urânio fracamente enriquecido, que está a ser construído na central metalúrgica de Ulba, em Ust'-Kamenogorsk, no leste do Cazaquistão. O banco, que é propriedade e controlado pela Agência Internacional de Energia Atómica, conterá uma reserva de urânio fracamente enriquecido para as centrais nucleares, destinado a reduzir a necessidade de os países enriquecerem, eles próprios, o combustível, reduzindo assim os riscos de proliferação nuclear.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Soldados caminham numa estrada varrida pelo vento, nos arredores de Semey.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Interior de um antigo edifício do KGB, em Kurchatov, no Cazaquistão.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Alijan Imanbaev surge aqui na sua casa em Semey, no Cazaquistão. Alijan sofre de epilepsia e tem dificuldades de aprendizagem.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Ayman Norgazinova, 49 anos, técnica de laboratório, inspeciona um rato usado em testes de investigação na Universidade Médica Estatal de Semey, no leste do Cazaquistão. Nestas instalações, investigam-se os efeitos da radiação sobre os órgãos dos ratos. Os animais são expostos à radiação através da inalação de pequenas partículas de manganês, que simulam poeiras radioativas.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Uma família caminha por entre prédios de habitação abandonados na cidade de Kurchatov, no Cazaquistão. Atualmente, a população da cidade é cerca de metade do que era no final dos testes nucleares.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Fotografias de arquivo de nuvens de explosões atómicas em exposição no Museu do Sítio de Testes de Semipalatinsk, em Kurchatov, no Cazaquistão.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Zulfiya Tunkushgojine, 35 anos, na casa que partilha com a sua mãe e irmãos na povoação de Shakaman, no leste do Cazaquistão. Zulfiya nasceu com paralisia cerebral, que os médicos determinaram ter sido causada pelos testes nucleares levados a cabo em Semipalatinsk. A sua mãe viveu em Saryzal, um local próximo do sítio de testes, até 1962.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Kazbek Kasimov, 60 anos, conduz um rebanho de cabras e ovelhas no sítio de testes de Semipalatinsk, a sul de Kurchatov, no Cazaquistão. Entre 1949 e 1989, foram realizados 456 testes nucleares nesta zona, sendo que algumas áreas ainda apresentam forte contaminação radioativa.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
A enfermeira Marjan Kasenova brinca com Kanat Rahimov, 15 anos, numa enfermaria do Centro de Serviços Sociais Especiais para Crianças em Ayagoz, no leste do Cazaquistão. Kanat nasceu com paralisia cerebral.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Missa celebrada na catedral de Voskresenskij, em Semey.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Uma mulher caminha por entre blocos habitacionais da era soviética, em Semey.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Balkiya Usabayeva, 64 anos, recebe tratamento intravenoso no Instituto para a Radiação e Ecologia, em Semey, no Cazaquistão. Balkiya, que sempre viveu em Semey, sofre de doença cardíaca e hipertensão há mais de dez anos. Os médicos afirmam que, apesar de ele nunca ter estado diretamente exposta aos testes nucleares realizados em Semipalatinsk, recebeu uma dose crónica de radiação por viver em Semey durante esse período.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Uma paciente é preparada para receber tratamento por radiação gama para um cancro da pele, no Centro de Oncologia em Semey, no leste do Cazaquistão.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Alguns passageiros preparam-se para embarcar num comboio em Semey.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Em Kurchatov, um funcionário do governo municipal mostra um vídeo acerca dos testes nucleares realizados na cidade durante a Guerra Fria.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Kairat Yesimhanov, 35 anos, surge aqui na sua casa em Sulbinsk, no leste do Cazaquistão. Tanto Kairat como a sua irmã mais nova, Aygul, sofrem de paralisia cerebral.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Cai a noite em Saryzhal, uma povoação nos arredores do antigo sítio de testes de Semipalatinsk. Durante a Guerra Fria, os cientistas vinham à povoação medir os níveis de radiação. Os residentes locais recordam-se de ver muitos animais perderem a sua pelagem nos períodos que se seguiam aos testes.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Rustam Janabaev, 6 anos, surge aqui deitado no seu berço, numa enfermaria do Centro de Serviços Sociais Especiais para Crianças em Ayagoz, no leste do Cazaquistão. Rustam nasceu com hidrocefalia.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
Zhaksilyik Abishulyi, 72 anos, na sua casa na povoação de Saryzhal. "Nasci e fui criado aqui", conta. "Os testes começaram em 1949, quando eu tinha 5 anos."
Photographs by Phil Hatcher-Moore
Kapiza Mukanova, com cerca de 80 anos, na sua casa na povoação de Saryzhal, no leste do Cazaquistão. Kapiza perdeu três dos seus filhos, facto que ela atribui aos efeitos dos testes nucleares no Polígono.
Photographs by Phil Hatcher-Moore
Aves sobrevoam um cemitério nos arredores de Semey, durante uma tempestade de inverno.
Fotografia por Phil Hatcher-Moore
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