Surf: A Lista dos Melhores Locais do Mundo
O que faz um grande spot de surf é a soma das suas partes. Estas 20 escolhas abrangem todas as possibilidades, desde a meca dos viciados em surf até ao lugar onde o surf está apenas a começar.
Publicado 9/11/2017, 12:43

HOSSEGOR, FRANÇA
Porque deve ir — Em suma, Hossegor reúne, num só lugar, o melhor de França, da costa leste dos Estados Unidos e da Califórnia.
O local — Quarenta minutos a norte da famosa e elegante Biarritz, Hossegor é o coração do surf europeu no que respeita a ondas e mercado. Com dunas de areia a abraçar a estrada costeira, esta vila de sonho tem um lago atrás do vibrante centro, longos caminhos de bicicleta e um porto pitoresco.
"No que diz respeito a beach breaks, não há comparação no resto do continente", diz Nicolas Leroy, gestor de média na Europa da World Surf League. "A variedade de praias, a frequência do swell e os ventos offshore tornam o spot épico – com ondas de 30 centímetros para longboard e outras de entre dois e seis metros, em La Graviere."
Quando — Para quem procura umas férias animadas e condições mais suaves para a prática do surf, o verão é a altura ideal; no outono, há ondas maiores e menos multidões.
Aulas — A Chipiron pertence a um casal e tem instrutores certificados em segurança na água.
Gastronomia — Hossegor está repleta de prazeres culinários, desde Le Touring, onde o naco de carne na pedra é uma especialidade, ao CJ Sushi, cujos proprietários trabalham atrás do balcão, e o Le Mango Tree, com tigelas de smoothie tão deliciosas quanto requintadas.
Alojamento — Um refúgio especial é o Lake Loft, uma casa rústica reconstruída pelo arquiteto Luc Germain há três anos, num estilo moderno e elegante.
Diversão — Depois do surf matinal, visite o mercado dos produtores regionais em Capbreton, experimente os jogos bascos de bola pala e cesta punta, e desfrute de um lanche na praia.
Sugestão local — "Estacione nas dunas a norte de Seignosse, leve uma arca com cervejas geladas, vá surfar umas horas antes do pôr do sol e aproveite", diz Leroy
Fotografia por Reuters, Alamy
TEL AVIV, ISRAEL
Porque deve ir — Além da experiência de surfar numa região repleta de história e significado religioso, Tel Aviv é uma cidade cosmopolita, onde a festa nunca acaba, literalmente.
O local — "Israel é conhecido por várias coisas", explica Yossi Zamir, CEO da Israeli Surf Association. "Em primeiro lugar, pelos lugares históricos, como é óbvio". Entre os edifícios antigos, no entanto, há praias animadíssimas, com ondas durante o ano todo. No verão, encontram-se pelo areal vários pop-up bars, pessoas giras bronzeadas e festas que só começam muito depois do pôr do sol." “Tel Aviv é considerada uma cidade que nunca dorme", diz Zamir. "Pode-se sair às quatro da manhã para cortar o cabelo, comer qualquer coisa ou ir até um bar ou uma discoteca. Nunca fecha."
Tudo isto poderia estragar uma viagem de surf para os mais radicais, mas os offshores matinais fazem valer a pena acordar cedo.
Quando — De novembro a março.
Aulas — O Kontiki Surf Club, perto de Netanya, foi lançado por australianos há oito anos. Já é uma instituição local.
Gastronomia — O Rhythm Bar é uma paragem obrigatória em Netanya.
Diversão — Faça uma viagem gastronómica em Tel Aviv para comer falafel, hummus e pita.
Alojamento — Hospede-se com elegância no coração da cidade e fique no hotel boutique Montefiore.
Sugestão local — Se planeia ir dançar à noite, não saia cedo demais. Comece pelo jantar, siga até aos bares e comece a pensar em pistas de dança só a partir da meia-noite.
Fotografia por Justin Foster, Alamy
ILHA HAINAN, CHINA
Porque deve ir — Repleto de ondas vazias e de alta qualidade, se não se importar de ser um dos poucos wave-riders na água, Hainan é um paraíso para surfistas.
O local — “Emergente” é a palavra que melhor descreve Hainan, uma ilha localizada no extremo sul da China. Devido ao clima e aos padrões de vento no mar da China Meridional, tem algumas das ondas mais consistentes da região. Os surfistas locais de Hainan são dedicados, apaixonados e acolhedores — se conseguir encontrá-los. O surf ainda não é popular na China e a cultura ainda está a nascer.
Para os que apreciam esta cultura emergente, as ondas serão a recompensa: reef breaks, point breaks e beach breaks, Hainan tem de tudo.
Quando — De novembro a abril.
Aulas — O Sanya Surf Club é um restaurante de praia e uma escola de surf.
Gastronomia — Sinta-se nativo: vai encontrar tesouros culinários em carrinhos de venda de comida e lojas de comida.
Diversão — Sanya é também o epicentro da vida noturna de Hainan. Pode dançar até ao amanhecer, a menos que esteja exausto de tanto surfar.
Alojamento — Hainan é o Waikiki da China, com inúmeros hotéis. Nos maiores, normalmente, há funcionários que falam inglês.
Sugestão local — Para publicar nas redes sociais vai precisar de uma VPN e de um telefone que possa ser usado com redes chinesas.
Fotografia por John Seaton Callahan, Getty Images
BUKIT, BALI, INDONÉSIA
Porque deve ir — Vai querer passar tanto tempo a explorar as lindas colinas cravadas de templos quanto a surfar as ondas de primeira classe conhecidas em todo o mundo.
O local — Se se quiser cruzar com os melhores surfistas do mundo, vá para Bali. Ao contrário da Praia de Kuta, a prima mais turística, a península de Bukit é um sítio rural isolado com penhascos de pedra calcária, praias imaculadas, ondas traiçoeiras a quebrar nos recifes e templos nos topos das colinas.
Os surfistas principiantes e intermédios devem experimentar os beach breaks, como, por exemplo, Dreamland. Já os mais avançados devem experimentar dois spots que estão entre os mais famosos do mundo — Uluwatu e Padang Padang. Para Padang Padang, assegure-se de que leva consigo algum produto desinfetante para utilizar se, por acaso, tiver um encontro com os recifes.
Quando — De maio a setembro.
Aulas — Experimente a Quiksilver Bali Surf School. Um dos proprietários é Holly Monkman, gestor da equipa Roxy e hábil instrutor, que vive em Bali há bastante tempo.
Gastronomia — Ao longo das praias, poderá encontrar cafés indonésios tradicionais, ou warungs, com pratos locais de confiança e a bons preços. Pare no Made's Warung, em Kuta, que começou como um warung na beira da estrada e agora é um popular restaurante de culinária indonésia e internacional.
Alojamento — O Mick's Place fica nas falésias da Bingin Beach, com vista para algumas das melhores ondas em Bali, e oferece sessões de yoga para fazer alongamentos depois do surf.
Diversão — A visita ao templo de Uluwatu é obrigatória e não se esqueça de ficar no templo para assistir à apresentação de dança Kecak que se realiza ao pôr do sol.
Sugestão local — Aprender a andar de moto enquanto segura uma prancha de surf é um ritual de passagem. Vale a pena aprender esta tarefa complexa e o ideal é praticar primeiro nas ruas secundárias.
Fotografia por Js Callahan, Alamy
MARESIAS, SÃO SEBASTIÃO, BRASIL
Porque deve ir — Maresias, onde nasceu o primeiro campeão mundial de surf do Brasil, é mais reconhecida pela mistura de poderosos tubos e vida noturna intensa.
O local — A cerca de 160 quilómetros a leste de São Paulo, Maresias tornou-se um destino de férias para os brasileiros na década de 1990, duas décadas depois da construção de uma estrada que atravessa a floresta tropical e liga as duas cidades.
No entanto, a densa selva que anteriormente dificultava o acesso é um dos seus pontos fortes. "Maresias é abraçada pela floresta tropical, ostentando uma paisagem e fauna incríveis", disse Igor Morais, um gestor de equipa da marca de surf local.
Maresias é mais adequada para surfistas de nível intermédio e avançado, mas os principiantes não são esquecidos. De acordo com Igor Morais, o canto esquerdo da praia de Maresias oferece as condições mais adequadas.
Quando — De março a maio e de agosto a outubro, quando a água está quente e a direção do vento e do swell são as deais.
Aulas — "Eu recomendo a escola de surf North Shore Riders", disse Morais. "Os professores são realmente bons surfistas e têm formação específica".
Gastronomia — Badauê e Os Alemão, com vista para o mar, estão entre os favoritos de Morais. Para provar um Prato Feito, a refeição mais popular do Brasil, dirija-se ao restaurante Terral.
Alojamento — Para os viajantes de mochila às costas, uma opção é o Che Lagarto. Para um pouco de luxo à beira-mar, experimente o Maui Maresias.
Diversão — Leve sapatos para dançar, porque Maresias está cheia de espaços onde os DJ põe música pela noite fora.
Sugestão local — Evite fazer a viagem em noites de sexta-feira ou feriados; como se trata de um destino popular para os paulistas (residentes de São Paulo), a viagem que tipicamente levaria entre duas a três horas pode demorar até cinco horas, se o tempo estiver bom.
Fotografia por Rick Neves, Getty Images
ALGARVE, PORTUGAL
Porque deve ir — Abençoado por ondas a oeste e a sul, além de noites festivas no verão, o Algarve está sempre pronto para a aventura.
O local — Prepare-se para algumas das melhores ondas da sua vida e para viver momentos divertidos a procurá-las — isto se conseguir sair da cama antes do meio-dia. "Muitas famílias e pessoas mais velhas vêm para o Algarve", diz Ilonka Spronk, que dirige o TSE The Surf Experience, uma agência de imóveis e turismo. "Mas, no verão, Lagos transforma-se numa cidade de festas".
Situado no extremo no sul de Portugal, o Algarve é uma região com uma mistura sedutora que atrai dois tipos de surfista. "O mais sociável, que adora sair com outras pessoas, surfar um pouco, beber uma cerveja, mas, principalmente, desfrutar deste estilo de vida. E o outro... que vem apenas pelas ondas", explica Spronk.
Quando — Para o tipo sociável? Verão. Para o tipo que só se preocupa com o mar? Qualquer outra estação.
Aulas — "TSE The Surf Experience é claro!" Exclama Spronk. "Temos surfistas que se juntam a nós só para fazer aulas e convidados que ficam nas nossas instalações e surfam connosco."
Gastronomia — Faça como os locais e procure cafés e restaurantes portugueses para comer peixe fresco, batatas cozidas e salada, e também bifanas.
Alojamento — Situado nos arredores de Lagos – a uma boa distância do centro da diversão noturna, mas perto o suficiente para a aproveitar — o TSE The Surf Experience oferece acomodação, com e sem serviços incluídos.
Diversão — São muitas as opções de atividades durante o dia. Pode, por exemplo, visitar Sagres, conhecido como "o fim do mundo" pela sua natureza remota.
Sugestão local — "Surfar aqui não significa apenas entrar no carro e seguir em direção à praia", diz Spronk. "É preciso conhecer os spots e as suas caraterísticas — e chegar cedo para conseguir estacionar."
Fotografia por Pawel Kazmierczak, Alamy
WAIKIKI, HAVAI
Porque deve ir — Com ondas infinitas que não intimidam, uma ampla faixa de praia e luzes brilhantes o suficiente para surfar à noite, Waikiki é tudo o que prometem as referências da cultura pop.
O local — "O surf que conhecemos hoje em dia nasceu em Waikiki", disse Lauren Rolland, gestora de comunicação e média da World Surf League, Hawaii/Tahiti Nui. "A imortalização em bronze de Duke Kahanamoku, rapazes na praia a surfar em canoas havaianas, chapéus de sol a florescer na areia branca e bebidas tropicais servidas em casca de coco – aqui estão todos vivos e de boa saúde."
Apesar da má reputação da "cidade" entre os surfistas mais exigentes, o prazer das ondas longas a quebrar lentamente e a intensidade da vida noturna fazem de Waikiki uma obrigação para qualquer surfista, do neófito ao profissional mais experiente.
Quando — Entre maio e junho ou de setembro a outubro.
Aulas — A família Moniz é proprietária e gestora da Faith Surf School, profundamente enraizada no surf profissional.
Gastronomia — Faça uma refeição no Bills Sydney. "O nome pode não ser tipicamente havaiano", diz Rolland, "mas as infusões e os sabores são um grande reflexo da mistura de influências do Anel do Pacífico no Havai, com pratos artesanais, ambiente tropical ao ar livre e preços razoáveis".
Alojamento — "Fora da zona mais movimentada, mas perto o suficiente para ir a pé até a praia a carregar a prancha, o Surfjack tem um estilo moderno, de meados do século XX, que nos transporta imediatamente para a era de lazer luxoso de Mad Men", diz Rolland.
Diversão — Se o mar estiver flat, vá passear.
Dica local — Todas as sextas-feiras à noite pode ir aos bares de Waikiki — ou fazer um piquenique na areia e assistir aos fogos de artifício. "Se quiser aventura", diz Rolland, "agarre na prancha e reme até ao lugar com a melhor vista em Waikiki".
Fotografia por ROOM, Alamy
CORNUALHA, INGLATERRA
Porque deve ir — Este destino, onde o velho encontra o novo, oferece um cenário de surf exuberante, ruas de pedra e impressionantes penhascos ao longo da costa.
O local — Uma península na ponta sudoeste da Inglaterra, a Cornualha é um conjunto de povoações que mantém a arquitetura original, mas que transborda energia juvenil, empresas criativas e que está a ver crescer a cultura do surf.
E o surf propriamente dito? A Cornualha tem de tudo (se não se importa de usar fato). "Porque é um longo pedaço de terra, com encostas viradas a sul e a norte, com swell e ventos de grande variedade de força, tamanho e direção", diz Peony Knight, um surfista profissional britânico. "Também é notável a enorme variação de maré! Algumas praias têm breaks na maré baixa, na maré média e na maré alta".
Quando — O período de setembro a fevereiro tem os melhores swells, mas o verão é a melhor altura para aprender e para participar nos grandes festivais de música e surf da região.
Aulas — Knight recomenda Surf South West, em Croyde, e também que investigue as escolas registadas pela Surfing England.
Gastronomia — Imperam alimentos orgânicos produzidos localmente, mas um dos destaques é o Fifteen Cornwall de Jamie Oliver, que emprega jovens em situação de risco.
Diversão — O coasteering — uma espécie de turismo que inclui safari e atividades marítimas — é muito popular na Cornualha. Empresas como Xtreme Coasteering lideram o mercado.
Alojamento — Experimente o The Thatch, em Croyde, que tem um pub divertido com música ao vivo, ou o luxuoso hotel Headland, em Fistral.
Sugestão local — Além de ter quase todos os tipos de onda, a Cornualha tem também quase todos os tipos de perigos relacionados surf de água fria — rochas, rebentações e correntes. Certifique-se de que surfa em praias vigiadas.
Fotografia por Paul Harris, Aurora
MARGARET RIVER, AUSTRÁLIA
Porque deve ir — Com ondas de alta qualidade em mar aberto, produções vinícolas locais, uma paisagem rústica e um litoral virgem e interminável, Margaret River implora para ser explorado.
O local — Escondida no canto sudoeste da Austrália Ocidental, quem desce a costa desde Perth — a maior cidade da costa oeste do país — encontra a vila pitoresca de Margaret River.
Apesar da beleza estética absolutamente idílica, surfar aqui não é para os fracos de coração. "As ondas são geralmente muito fortes e a rebentação dá-se sobretudo nas áreas com rocha, existindo apenas alguns bancos de areia", diz Dave Macaulay, um shaper, ex-surfista profissional e nativo de Margaret River. Há apenas um punhado de ondas adequadas a principiantes, mas ficar a observar da areia não é mau de todo. Os humanos aqui partilham o lineup com grupos de golfinhos e, ocasionalmente, com uma baleia.
Quando — No outono, ou seja, março a maio, e na primavera.
Aulas — Faça uma aula na academia de surf Josh Palmateer ou peça indicações na loja de surf Beach Life, na vila de Margaret River.
Gastronomia — As escolhas de Macaulay são a adega Woody Nook e o Olio Bello, ambos com preços razoáveis, boa comida e bom ambiente.
Diversão — Se as ondas não estão boas, faça uma caminhada por um dos trilhos do Cape to Cape ou visite a Lake Cave.
Alojamento — "Sou tendencioso, mas alugar uma casa em Gracetown é incrível — na praia ou em Gnarabup, Yallingup ou Dunsborough", diz Macaulay. "Há também um parque de autocaravanas em Prevelly e casas isoladas no mato".
Sugestão local — "Esteja consciente das suas limitações no surf e respeite os surfistas locais", diz Macaulay. "São geralmente muito amistosos".
Fotografia por Michael Willis, Alamy
MUIZENBERG, ÁFRICA DO SUL
Porque deve ir — Os principiantes que procuram um ambiente convidativo para começar, encontram-no aqui, juntamente com uma cidade cosmopolita cheia de vida.
O local — Num país conhecido pela água fria, ondas pesadas e tubarões, Muizenberg, NA África do Sul, é um oásis de ondas suaves, moradores amistosos e cafés à beira da praia – sem falar nas adegas vinícolas locais. "Muizenberg é a melhor praia do mundo para aprender a surfar", disse Tim Conibear, fundador da Waves for Change, uma organização da Cidade do Cabo que promove "terapia de surf" para crianças de bairros de baixos rendimentos.
"A atitude na água também é supersuave, com uma aceitação geral de todos os tipos de embarcação e habilidades. Há observadores de tubarões na praia que garantem a sua segurança, portanto não precisa de se preocupar. Para ondas mais pesadas, vá em direção a Kalk Bay, onde há um perigoso recife."
Quando — Durante o ano inteiro.
Aulas — Conibear recomenda o Lifestyle Surf Shop para quem procura o pacote completo: aulas, aluguer de prancha e fato. A loja até faz shaping das próprias pranchas.
Gastronomia — Kalk Bay é conhecida pela sua vida noturna e pela comida, especialmente do Olympia Café, que Conibear descreve como "imperdível".
Alojamento — A casa de hóspedes Chartfield, que fica próximo de Kalk Bay, tem excelentes vistas para o mar e fica a poucos passos de restaurantes e bares.
Diversão — Para vistas incomparáveis, dirija-se ao Parque Nacional de Table Mountain, ou passe um dia a fazer trabalho voluntário com a Waves for Change.
Sugestão local — A temperatura do ar pode ser quente no verão sul-africano, mas a temperatura da água pode ser fria, por isso assegure-se de que traz ou aluga o fato adequado.
Fotografia por Blaine Harrington III, Alamy
LAS SALINAS, NICARÁGUA
Porque deve ir — Com ventos offshore quase todos os dias do ano, durante o dia todo, Las Salinas tem as condições de surf mais consistentes do mundo.
Quando — De março a setembro e de novembro a dezembro.
O local — Da praia de Popoyo aos reef breaks mais próximos, o oceano está nas suas mãos (por assim dizer). Por vezes descrita como semelhante à Costa Rica de há 20 anos, a Nicarágua está a dar os primeiros passos enquanto destino turístico. Tem uma longa e complicada relação com os EUA, e a destruição causada pela agitação política ainda é palpável.
Aulas — Two Brothers Surf, uma escola e um resort numa colina de Las Salinas, oferece aulas para novatos e passeios de barco para surfistas que queiram apanhar ondas e apreciar a fauna marítima na mesma viagem.
Gastronomia — Para os madrugadores que precisam de um pequeno-almoço tipicamente nicaraguense, que inclua delícias tropicais, como sumo de fruta fresca e bananas da terra, experimente o restaurante El Toro do Hotel Popoyo. (É tão bom que vai voltar para o jantar.)
Alojamento — Two Brothers oferece acomodação, assim como o Surfari Charters, de Lance e Kristin Moss, que levam os hóspedes a pescar e a surfar.
Diversão — Explore um pouco do interior da Nicarágua indo até ao vulcão e à Reserva Natural Mombacho, onde há caminhadas adaptadas a todos os visitantes, independentemente do nível de preparação física.
Sugestão local — É melhor ir com um guia que sabe que ondas estão a dar e qual a altura certa. Robert Brothers, de Two Brothers, diz que, sem recorrer a um guia, "Se vem para surfar, pode perder o melhor."
Fotografia por Marianna Day Massey, Zuma, Alamy
SAN CLEMENTE, CALIFÓRNIA
Porque deve ir — Com ondas de primeira classe e profissionais que fizeram desta cidade a sua casa – além da decoração inspirada no surf em diversas zonas da cidade —, San Clemente é uma visita obrigatória para quem vive a pensar em surf.
O local — Aninhada entre Los Angeles e San Diego, com ondas para todos os níveis, esta pequena cidade é a meca dos amantes das ondas. É, há muito tempo, o coração da indústria do surf do sul da Califórnia, onde numerosas revistas, shapers e marcas se instalaram. Terá de trabalhar mais para apanhar ondas, mas também pode conviver com as estrelas quando for beber uma cerveja depois de surfar.
O que torna esta cidade ainda mais especial é a vasta área protegida, que pode ser utilizada para atividades de lazer, onde é proibido construir. Todo o litoral está acessível, com exceção feita à área ocupada pelo Parque de Campismo da Praia San Onofre, que oferece acesso à praia e campismo para militares.
Quando — O ano inteiro.
Aulas — O Paskowitz Surf Camp é um dos mais antigos da cidade e foi uma criação de Dorian Paskowitz, um médico que desistiu da sua profissão para celebrar uma vida de surf com a mulher e os filhos. Agora, é a sua família que gere a escola de surf e o acampamento e que trabalha para manter uma forma de acolhimento centrada nos princípios éticos de aloha.
Gastronomia — Hapa J's é um favorito local, com comida havaiana de fusão, tigelas poke e man fries, uma especialidade famosa e altamente calórica que faz com que nachos pareçam comida dietética.
Alojamento — Para ter uma experiência de surf completa, fique no Nomads, um hotel inaugurado recentemente no centro da cidade e que tem um bar de surf no andar de cima.
Diversão — Se ainda tiver energia depois da longa sessão de surf, reserve algum tempo para desfrutar dos trilhos de caminhada e BTT que existem em San Clemente.
Sugestão local — San Clemente pode estar superlotado e repleto de profissionais. Os principiantes devem ficar em San Onofre, com spots que oferecem mais espaço para praticar.
Fotografia por Benjamin Ginsberg, Alamy
QUEENS, NOVA IORQUE
Porque deve ir — A proximidade da cidade é o maior atrativo deste lugar, juntamente com uma cultura de surf local própria, fruto de batalhas com os elementos.
O local — As ondas em Rockaways podem mudar de hora a hora, dependendo do swell, do vento e das condições meteorológicas, mas isto só faz aumentar o charme deste local, refere Tyler Breuer, um surfista local de longa data e fundador da S.M.A.S.H. Productions. Isto também torna a comunidade mais dedicada. "Temos um grupo apaixonado de surfistas aqui, em parte porque ou temos tudo ou não temos nada. Temos longos intervalos sem nada, pelo que devoramos tudo que tenha a ver com o surf."
A praia de Rockaway sofreu uma enorme devastação com a passagem do furacão Sandy, em 2012. Logo depois, e com a caraterística garra nova iorquina, reconstruíram a marginal, atraindo de novo empresas e surfistas.
Quando — O inverno é a melhor época para os surfistas entusiastas que querem sentir desafios. O outono é época de marés vivas. Breuer diz que o verão chega quando "está um calor abrasador na cidade e precisas de arrefecer ".
Aulas — Faça uma aula com Mike and Mike do Locals Surf School e Skudin Surf.
Gastronomia — O clube de surf da praia de Rockaway é um sítio onde encontra todo o tipo de comida e bebidas, além do famoso taco pós-surf na banca sazonal, Tacoway Beach.
Alojamento — "O Airbnb será a sua melhor opção — melhor preço e mais facilidade", diz Breuer.
Diversão — No verão, o ferry para South Street Seaport levá-lo-á por um passeio pela Ilha do Governador e pela Estátua da Liberdade. Poderá observar pássaros e fazer caminhadas no Jamaica Bay Wildlife Refuge.
Sugestão local: "Procure por 'Kook Camouflage'. Vai pensar que está muito apinhado, mas quando lá chega percebe que a maioria não sabe surfar."
Fotografia por Michal Besser, Alamy
RAGLAN, NOVA ZELÂNDIA
Porque deve ir — Uma meca para atividades ao ar livre, Raglan tem um ambiente de surf de antigamente e uma vida cultural intensa, além de lojas de artesanato e uma ética culinária da horta para a mesa.
O local — O mundo do surf descobriu Raglan quando os point breaks de esquerda vazios apareceram no icónico filme de surf de Bruce Brown, The Endless Summer. Hoje em dia, vai encontrar uma multidão maior no lineup, mas o espírito da comunidade ainda está vivo e ativo, de acordo com Charlie Young, diretor da Raglan Surfing School.
Os sistemas de baixa pressão gerados no Roaring Forties (uma área entre as latitudes 40° e 50° S, que produz algumas das ondulações mais fortes e constantes do mundo) enviam ondas para a praia Ngarunui (principiantes e intermédios) e Manu Bay (experientes).
Quando — Vá entre novembro e fevereiro, durante o verão da Nova Zelândia, para aproveitar as temperaturas subtropicais do ar.
Aulas — Faça uma aula com a Raglan Surfing School. Esta escola de surf pioneira também aluga fatos caso não queira trazer o seu.
Alojamento — O Sleeping Lady Lodges tem vista para Whale Bay: pode ver como está o mar sem sair do seu quarto.
Gastronomia — "O Raglan Bakery faz empadas de carne caseiras que são incríveis", disse Young, e jantar no Orca Restaurant and Bar que serve carne de borrego local e tem música ao vivo.
Diversão — Faça uma viagem de um dia até o Museu de Waikato, em Hamilton, onde pode ficar a saber mais sobre de que forma a mistura de culturas europeia e maori produziram a moderna cultura neozelandesa.
Sugestão local — Na Nova Zelândia, as áreas fora das cidades ainda são pouco povoadas — se encontrar um spot de surf cheio, volte para o carro e encontre outro.
Fotografia por Hemis, Alamy
SAN SEBASTIÁN, ESPANHA
Porque deve ir — Passe as noites a desfrutar de excelentes bares e restaurantes de primeira classe, numa cidade encantadora onde se faz tudo a pé, e passe as tardes a surfar para curar a ressaca.
O local — San Sebastián é a capital cultural do dinâmico País Basco, em Espanha. Embora não seja tão conhecida pelas ondas como os famosos pontos do sudoeste de França, mais do que compensa pela oferta musical, de cinema e de gastronomia molecular.
"Pode surfar na praia Zurriola e, depois, caminhar até à parte antiga da cidade para uns pintxos (petiscos) e umas cervejas", disse o surfista local e oficial de turismo da cidade, Jokin Arroyo Uriarte. Em suma: é muito fácil apaixonar-se pela cidade histórica.
Quando — De junho a novembro. O Festival Internacional de Cinema de San Sebastián acontece em setembro.
Aulas — Zurriola Surf Eskola é uma das escolas de surf mais recentes de San Sebastián. Oferece excelentes equipamentos e tem uma equipa jovem e dedicada.
Gastronomia — Um país das maravilhas no que diz respeito à gastronomia, a parte antiga da cidade é repleta de restaurantes de pintxo (petiscos) que são igualmente bares. Se preferir sentar-se para uma refeição, escolha o Arzak, que tem classificação Michelin.
Diversão — Faça uma caminhada até ao Monte Urgull e aprecie a excelente vista sobre a Bahía de la Concha, ou visite uma sidrería, onde os bascos fazem as famosas cidras.
Sugestão local — "Visite o clube de surf para conversar com alguns habitantes locais", disse Arroyo Uriarte. "Se tiver sorte, poderá ser convidado para um jantar privado numa das sociedades gastronómicas, templos da gastronomia basca." Falar um pouco de basco ajuda muito: kaixo significa "olá" e agur significa "até logo".
Fotografia por Ainara García, Alamy
NARRAGANSETT, RHODE ISLAND
Porque deve ir — Desfrute da mesma beleza pitoresca da mais notável e mais conhecida cidade de Newport, em Rhode Island, mas com um estilo completamente diferente.
O local — Muito apreciada pelos surfistas da Nova Inglaterra, Narragansett tem, por vezes, algumas das melhores ondas da região, porque tem tanto point breaks como beach breaks. Foi esta variedade que levou Peter Pan, uma lenda local e dono da Narragansett Surf & Skate, a ficar aqui para sempre. "Em 99% das vezes, surfo sozinho", afirma ele – algo raro na era do surf moderno.
Além dos spots secretos, a praia do centro da vila é um parque de diversão para principiantes. De acordo com Peter Pan, os bancos de areia rasos que se estendem ao longo da costa estão sempre a gerar ondas, mesmo que o swell não seja constante.
Quando — O outono e a primavera são as épocas mais regulares. O verão traz ondas pequenas, perfeitas para aprender.
Aulas — Narragansett Surf & Skate é uma das poucas escolas que têm aulas durante todo o ano. Também têm disponíveis para alugar fatos de inverno de todos os tamanhos para homens e mulheres.
Gastronomia — Para um pequeno almoço robusto, dirija-se a Old Mountain Lanes em South Kingston, onde – como o próprio nome indica — a sala de jantar faz parte de uma pista de bowling.
Alojamento — O The Break é "o hotel mais cool de Narragansett", de acordo com Pan, e tem vista para Point Judith. Oferece vistas fantásticas e um novo restaurante e bar, embora a "preços de Nova Iorque".
Diversão — Para explorar o percurso entre Narrow River e Town Beach, com 15 quilómetros de extensão, pode alugar um caiaque com a Narrow Kayakscan.
Sugestão local — Se houver um sinal a dizer “proibido estacionar”, não estacione mesmo
Fotografia por Cate Brown, Aurora
SAYULITA, MÉXICO
Porque deve ir — O ar tropical, as ondas convidativas, a possibilidade de percorrer tudo a pé e a forte cultura de rua – sem falar na comida incrível que se encontra em todo o lado – fazem desta vila uma joia rara.
O local — Sayulita está repleta de vendedores ambulantes, surfistas bronzeados e carrinhos de golfe que os habitantes locais usam para se deslocar — isto em terra. O lineup é uma mistura de principiantes no banco de areia, praticantes de longboard na zona mais baixa e profissionais locais, que aparecem ocasionalmente quando as ondas estão boas.
Sayulita é uma vila piscatória que evoluiu rapidamente para dar resposta à chegada de turistas canadianos. Juntam-se agora às famílias mexicanas lá estabelecidas, uma mistura de culturas de gentes do mundo inteiro. Enquanto os surfistas têm muitas ondas para escolher, os gourmets podem petiscar nas bancas de tacos e de smoothies, ou parar numa esplanada para beber uma margarita (ou seis).
Quando — O verão é a época mais regular, mas também a mais quente do ano.
Aulas — Localizado no extremo sul da praia da cidade, a Lunazul Surf School é simpática e acessível. Além disso, tem cacifos disponíveis na loja e um chuveiro na praia.
Gastronomia — O restaurante local La Rustica é animado, e a comida e o serviço são inigualáveis.
Diversão — Prepare-se para o mar e junte-se ao Ally Cat Sailing para uma viagem de um dia às Ilhas Marietas.
Alojamento — O Petit Hotel Hafa é simples, elegante e pertence aos encantadores Mignots, um casal com crianças que já competem no circuito de surf.
Sugestão local — Organize com antecedência um transfer do aeroporto para não ficar preso no mar de motoristas a oferecer serviços, aos gritos.
Fotografia por Lisa Seaman, Aurora
TAGHAZOUT, MARROCOS
Porque deve ir — Explore os corredores labirínticos de uma das cidades mais antigas do mundo e, de seguida, vá surfar algumas das melhores ondas da sua vida.
O local — Taghazout, Marrocos, é um oásis para o surf no meio de um longo e acidentado litoral. Este antigo acampamento berbere tornou-se um posto avançado para aventureiros europeus que faziam trekking por Marrocos na década de 1960. Durante este mesmo período, alguns surfistas descobriram a região e instalaram-se em Taghazout. Hoje, esta mistura única ainda existe no que parece ser uma cidade fronteiriça, à beira do deserto. As ondas são quase sempre longos ground swells — o que representa uma forma incrível e muita potência — e o vento sopra constantemente offshore.
Quando — O ano todo.
Aulas — O Surf Rider Camp é gerido por um dos melhores surfistas de Marrocos, Yassine Ramdani.
Gastronomia — "Não se vá embora sem experimentar uma tagine, um cozido tradicional feito numa grande panela de barro", disse Ramdani. Diz-nos também que a comida tradicional é ótima no restaurante Florida.
Alojamento — Localizado à beira da água, o Surf Maroc’s Taghazout Villa é uma clube de surf e aluguer de equipamento, para tudo o que queira fazer em Taghazout e arredores.
Diversão — Dirija-se ao mercado central de Agadir, Souk El Had, para comprar garrafas de óleo de argão, um remédio milagroso para tudo e que pode ser utilizado tanto para cozinhar como para hidratar o cabelo. Pode também dar-se ao luxo de experimentar um hammam, uma tradição local de banhos de vapor, semelhante ao banho turco.
Sugestão local — Se for à procura de ondas, certifique-se de que tem um veículo com tração às quatro rodas e muita água.
Fotografia por Sioen Gerard, Aurora
TOFINO, COLÔMBIA BRITÂNICA
Porque deve ir — Para quem procura o surf, mas quer trocar a onda surfista mais descontraída por algo mais terra a terra ... e não se importa de vestir um pouco de neoprene.
O local — A Califórnia pode ser o epicentro do surf norte-americano, mas uma das cidades mais ricas em ondas da costa oeste do continente fica mais a norte. Tofino, na Colômbia Britânica, é uma antiga cidade de comércio de peles e exploração madeireira, repleta de beleza e de vida selvagem. Os invernos podem ser duros, mas a primavera e o verão trazem ar quente e as atividades não param.
Tofino também tem também muitas ondas.
"Todas as nossas praias são indicadas para principiantes, especialmente no verão", afirma Peter Devries, habitante local. "Existe uma exceção, que acontece ocasionalmente: quando os bancos de areia mudam, formam-se ondas fortes e ocas. Contudo, há sempre algum spot para principiantes".
Quando — De março a setembro. As ondas maiores chegam no inverno, juntamente com temperaturas geladas e as tempestades.
Aulas — A Tofino Surf School, de Jeff Hasse, é uma instituição local. Na Storm Surf Shop, consegue encontrar todo o equipamento de que necessita.
Alojamento — Se, para si, rústico é sinónimo de ficar a apreciar a paisagem no conforto de uma banheira para dois, experimente o Wickaninnish Inn.
Gastronomia — "Apesar de ser uma vila pequena, Tofino é abençoada por comida deliciosa", disse Devries. "O meu restaurante favorito é SoBo, tudo no menu é incrível!"
Diversão — De março a outubro, vá ao mar para observar baleias-cinzentas nas águas de Tofino. Com um cuidadoso planeamento da viagem, pode até testemunhar uma das grandes migrações do oceano, quando as baleias seguem de Baja, no México, até o mar de Bering.
Sugestão local — Com um sol de verão que nasce por volta das 5 horas e só se põe às 21 h 30 min, pode experimentar todo o tipo de aventuras num só dia. Aproveite o facto de haver tanta luz do dia e faça surf ao amanhecer e uma caminhada antes do almoço.
Fotografia por Dan Rafla, Aurora
ST. BARTHÉLEMY, CARAÍBAS
Porque deve ir — Um elegante enclave europeu nas Caraíbas, esta ilha bem cuidada tem ondas, cultura e beleza para os gostos mais refinados, sem ser pretensiosa.
O local — St. Barts é mais conhecida pelas visitas de donos de iates como o Jay-Z, do que pelas ondas de primeira classe, mas os seus reef breaks tornam-no também num magnífico destino para surfistas. Aqui há uma agradável mistura de alto e baixo. Sim, há festas pela noite fora, mas há também paz e tranquilidade.
Se não se distrair com a areia fina, banhistas em topless ou o cheiro do dinheiro, duas das principais praias de surf são Toiny, no extremo sudeste, e Lorient, a norte. O swell gerado pelo vento aqui é inevitável, mas os sets fortes que ocorrem ocasionalmente também o são, assim como os A-Frames no The Ledge, o spot para os mais experientes.
Aulas — O Reefer Surf Club é um centro para surfistas na ilha, com aulas e workshops.
Gastronomia — Para um petisco informal e saudável na praia, o Maya's To Go é perfeito e pode-se entrar em fato de banho.
Diversão — Nesta ilha paradisíaca, pratica-se mergulho, snorkling, surf, vela e natação. Também se pode dar ao luxo de fazer uma massagem.
Alojamento — O Hotel Emeraude Plage oferece luxo, sem ser nada absurdo, e fica numa praia tranquila, a seis minutos de Lorient.
Sugestão local — Se chegou a St. Barts, já não precisa de nenhuma sugestão.
Fotografia por Hemis, Alamy
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