12 Fotografias Marcantes: A História Por Trás da História
Costuma dizer-se que uma imagem vale mais que mil palavras. Algumas fotografias marcantes transmitem emoções, horrores, amor ou beleza. Conheça a sua história.
Publicado 30/10/2018, 13:44

Os dois elementos principais desta fotografia, um marinheiro e uma enfermeira. Os embaixadores de todos os soldados e todas as enfermeiras que trabalharam durante a guerra. A enfermeira, que mais tarde foi identificada como Greta Zimmer Friedman e era na verdade uma assistente de dentista, disse, após muitos anos no anonimato, que não conhecia o soldado que a beijou naquele dia, apenas em 1980 conheceu Geroge Mendoza. Segundo Greta, o beijo “foi um ato de celebração” pelo fim da guerra, e depois do momento que o fotógrafo capturou, cada um seguiu o seu caminho.
Fotografia por Alfred Eisenstaedt, via Time
Esta fotografia e a mulher, mãe, que nela aparece tornaram-se símbolos da Grande Depressão dos anos 30, na América. A fotógrafa Dorothea Lange captou a tristeza desta jovem mãe cansada, num acampamento provisório, enquanto esperava o marido e dois filhos que venderam os pneus do carro para comprar comida, e matar a fome de dias. A Biblioteca do Congresso descreve esta fotografia de Lange como “Indigentes colhedores de ervilhas na Califórnia. Mãe de sete filhos. Idade, trinta e dois. Nipomo, Califórnia.” A mãe migrante, Florence Owens Thompson, veio a falecer em 1983.
Fotografia por Dorothea Lange via
Esta fotografia foi tirada no dia 13 de Abril de 1945, e retrata o momento de liberação, em que os judeus prisioneiros nos campos de concentração percebem que estão livres, e correm para as tropas americanas. A história começa uns dias antes: os Nazis queriam livrar-se dos prisioneiros e transportá-los para outros campos de concentração, ou até matá-los chocando o comboio de propósito. Com as Forças Aliadas a fechar o cerco, os oficiais nazis que seguiam no comboio fugiram e deixaram os prisioneiros judeus lá trancados. Felizmente, as tropas americanas chegaram a tempo e libertaram-nos. Esta fotografia poderia ser acerca da carnificina e do horror mas, em vez disso, tornou-se símbolo de esperança, do alívio e da felicidade destes que estavam destinados à morte.
Fotografia por Major Clarence L. Benjamin
Artur Sasse, que era nos anos 50 fotógrafo do United Press International, conheceu Albert Einstein na festa do 72º aniversário do próprio, em Princeton. Depois de tirar muitas fotografias e conversar bastante com o físico, Sasse espreitou para dentro do carro que levava Einstein e os seus amigos, e pediu-lhe um último sorriso. O cientista, por génio ou cansaço, pôs a língua de fora para a objetiva, e o fotógrafo foi rápido o suficiente para captar o momento. Mas, Einstein gostou tanto da fotografia que pediu a Sasse nove cópias para uso pessoal, que depois distribuiu por amigos. Esta é atualmente a mais cara e mais marcante fotografia de Albert Einstein de que há memória.
Fotografia por Artur Sasse
Esta fotografia de 1975, tirada pelo fotógrafo Stanley Forman, valeu-lhe um Prémio Pulitzer de Reportagem Fotográfica em 1976 e o título de Fotografia do Ano. No entanto, esta história é triste. Esta, que faz parte de uma série de fotografias marcantes, capta o momento em que Diana Bryant, de 19 anos, e a sua afilhada Tiare Jones, de 2 anos, caem para a sua morte, depois de uma escada de incêndio colapsar. Um apartamento em Boston estava em chamas, e um bombeiro tinha ajudado a rapariga e a menina a subir para a escada. Diana morreu pouco depois do impacto, mas a bebé sobreviveu, amparada pelo corpo da jovem. Apenas 24 horas depois da publicação da fotografia, tomaram-se medidas para melhorar a segurança das escadas de incêndio das traseiras dos edifícios.
Fotografia por Stanley Forman
“Uma grande placa de “Vende-se” num jardim de Chicago grita silenciosamente a trágica história de Mr. e Mrs. Ray Chalifoux, que enfrentam o despejo do seu apartamento. Sem nenhum sítio para ir, o camionista desempregado e a sua mulher decidem vender os quatro filhos. Mrs. Lucille Chalifloux esconde a cara da câmara enquanto as crianças olham curiosamente. No degrau de cima estão Lana, 6, e Rae, 5. Abaixo estão Milton, 4, e Sue Ellen, 2.” Assim se lia na descrição desta fotografia marcante publicada no jornal Valparaiso Vidette-Messenger, em 1948. As crianças foram vendidas por dois dólares cada, e alguns dos irmãos foram obrigados a fazer trabalhos forçados pelas famílias adotivas. A mãe da fotografia, grávida à altura, vendeu o bebé recém nascido, e depois teve mais quatro filhos que criou.
Fotografia por Bettmann, Corbis
Esta é provavelmente uma das imagens de astronomia mais conhecidas do mundo. A fotografia, tirada em Março de 1995 e chamada Pilares da Criação, mostra aglomerados de poeira e gás com tamanho interestelar na nebulosa da Águia, a cerca de 7 mil anos-luz da Terra. Esta belíssima imagem obtida pelo telescópio Hubble é uma junção de 32 imagens, tiradas por quatro câmaras diferentes. A cada elemento das nuvens foi atribuída uma cor: verde ao hidrogénio, vermelho ao enxofre e azul ao oxigénio. A parte da imagem que falta deve-se à ampliação de uma das quatro câmaras, e quando as imagens foram reduzidas em tamanho proporcional à das outras, ficou a faltar uma parte.
Fotografia por NASA, Jeff Hester, Paul Scowen
Esta fotografia marcante é considerada a fotografia que mudou a cara da SIDA, daí o seu nome. Nesta bela e triste imagem, um pai conforta o seu filho moribundo, David Kirby, em Ohio. David foi um ativista gay nos anos 80, que cortara relações com a família, e que, quando descobriu que tinha contraído HIV, voltou para a casa que o recebeu de braços abertos. O ativista de 32 anos queria morrer perto da família. A fotógrafa, então estudante, estava nesse dia a visitar um amigo que cuidava de David Kirby no Hospital. Munida da sua câmara, foi convidada pela família do rapaz a fotografar o último adeus daquele filho à família. Naquela altura, as pessoas infetadas com HIV eram ostracizadas e marginalizadas, submetidas a todo o tipo de preconceito e violência, abandonadas mesmo pelo governo. Therese Frare nunca aceitou dinheiro por esta fotografia, já que ela mostra a verdadeira cara das vítimas da SIDA.
Fotografia por Therese Frare
Este momento é o momento exato da morte de Nguyễn Văn Lém, um combatente da Frente Nacional para a Libertação do Vietname. O fotógrafo Eddie Adams conseguiu ser tão rápido como o general Nguyễn Ngọc Loan, Chefe da Polícia Nacional da República do Vietname, e enquanto um apertou o gatilho, o outro apertou o obturador. Depois da execução, o general disse a um repórter: “Eles (Vietcongs) matam muitos de nós, e eu acho que Buddah me vai perdoar”. Esta fotografia é marcante, chocante até, porque se trata da morte de um humano, e o que a fotografia não contou é que Lém matara dezenas de civis desarmados nesse mesmo dia. Loan teve que refugiar-se nos EUA e até reformar-se antecipadamente pelo assédio que recebia. Eddie Adams, que ganhou um Pulitzer por esta fotografia, disse, à morte do general: “O general matou o Vietcong; eu matei o general com a minha câmara. As fotografias são a arma mais poderosa do mundo. As pessoas acreditam nelas, mas as fotografias mentem, mesmo sem manipulação. São apenas meias-verdades.”
Fotografia por Eddie Adams
Este bem que podia ser um beijo entre dois namorados, mas foi bem mais que isso. Esta fotografia marcante capturou o momento em que J. D. Thompson faz boca-a-boca ao seu colega Randall G. Champion, inconsciente depois de ter tocado numa linha de baixa voltagem. Os arneses impediram que Champion caísse, e permitiram a Thompson descer e aproximar-se do colega e fazer respiração boca-a-boca até voltar a sentir-lhe pulso. Depois, com Champion ainda inconsciente, Thompson desceu com ele ao ombro e fez-lhe reanimação cardiorrespiratória no chão, até que os paramédicos chegassem. Champion sobreviveu, e morreu em 2002 com 64 anos; Thompson ainda é vivo. O fotógrafo Rocco Morabito ganhou o Pulitzer de Reportagem Fotográfica em 1968.
Fotografia por Rocco Morabito
Esta fotografia soa-lhe a algo, mas não se lembra bem a quê? Pois bem, esta é uma fotografia marcante porque é provavelmente a fotografia mais vista do mundo: era o fundo de ecrã por defeito do sistema operativo Windows XP, da Microsoft. Se muitos pensavam que esta fotografia tinha sido criada digitalmente ou manipulada em programas de edição de imagem, desenganem-se: é real. O fotógrafo Charles O'Rear tirou-a uma tarde, em Napa Valley, enquanto conduzia para casa da sua namorada. O'Rear passou pela colina verde e pensou que seria uma fotografia perfeita. Fotografou uma das colinas mais famosas do mundo com uma câmara analógica de médio formato, e mais tarde vendeu a fotografia à Microsoft.
Fotografia por Microsoft Corporation
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