25 Locais que se Comprometeram com o Desperdício Zero
Estes lugares pretendem eliminar o desperdício, tendo já tomado medidas importantes nesse sentido.
Por Sunny Fitzgerald
Publicado 5/11/2018, 12:40 WET, Atualizado 5/11/2020, 06:02 WET

Em 2006, os dirigentes do Distrito Regional de 'Metro Vancouver' votaram unanimemente na adoção de uma política de Desperdício Zero. Em 2018, o programa Desperdício Zero 2040 foi aprovado. As estratégias para o alcançar incluem a redução de artigos de uso único, a compostagem de resíduos orgânicos e dar prioridade a uma “economia circular”, onde o desenho inovador, a reutilização, a reparação e a remanufatura de produtos evitam o desperdício desnecessário.
Fotografia de ALANA PATERSON THE NEW YORK TIMES/REDUX
Em 2015, a ilha de Bute foi selecionada como a segunda localidade a participar na iniciativa Cidades Desperdício Zero da Escócia. A ação comunitária “inspirar, educar, empoderar” do projeto-piloto, bem como a abordagem de economia circular parecem estar a resultar: a reutilização e reciclagem aumentaram, ao passo que os resíduos domésticos em aterros diminuíram. Até o pão que não é vendido ganha um novo uso — transportado até Bute Brew Co., onde é transformado em cerveja artesanal.
Fotografia de ANDREW SPROULE, ROBERT HARDING/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Em Agosto de 2018, esta cidade resplandecente assinou a “Declaração Rumo ao Desperdício Zero”, tornando-se um dos dois municípios do Médio Oriente a subscrever este compromisso. Foram criadas políticas e programas para atingir os objetivos do C40 de reduzir o desperdício de cada residente em 15% até 2030. O Dubai também espera conseguir desviar 70% dos resíduos de aterros e incineradoras até 2030.
Fotografia de FRANK FELL, ROBERT HARDING/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Este região flamenga da Bélgica tem vindo a caminhar paulatinamente em direção ao desperdício zero, desde que aprovou o seu primeiro Decreto dos Resíduos nos anos 80 do século passado. As políticas têm-se transformado com o correr do tempo, desde o foco inicial nos desperdícios, até à reciclagem, separação de resíduos e prevenção. Hoje, quase 75% dos resíduos domésticos (a maior percentagem na Europa) são desviados dos aterros. A produção de resíduos tem-se mantido estável, não obstante o aumento da população e o crescimento económico.
Fotografia de FRANCESCO VANINETTI, ROBERT HARDING/ COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Em vez de avançar com o projeto multimilionário para a construção de uma unidade de incineração, esta província do País Basco optou antes por dar prioridade à prevenção, separação de resíduos, reutilização e reciclagem. Em 2011, estabeleceram o objetivo de desviar 70% dos resíduos de aterros até 2020. Em menos de cinco anos, a província conseguiu a redução de mais de 50% dos resíduos — com alguns municípios a atingirem 80 e 90% — tornando Gipuzkoa a região europeia a fazer a mais rápida transição rumo ao desperdício zero.
Fotografia de DIETMAR DENGER, LAIF/REDUX
Quando o professor Rossano Ercolini e o especialista em desperdício zero Dr. Paul Connett reuniram os residentes para evitar a construção de uma incineradora nesta localidade toscana, sabiam que a única alternativa era a redução de resíduos. Ercolini iniciou então um programa piloto de recolha de resíduos porta-a-porta, e, em 2007, convenceu Capannori a tornar-se a primeira cidade europeia a declarar uma estratégia de desperdício zero. A cidade comprometeu-se a desviar 100% dos resíduos dos aterros até 2020, inspirando outras a fazer o mesmo. Hoje, mais de 275 municípios em Itália — mais de seis milhões de habitantes — trabalham com vista ao desperdício zero.
Fotografia de MICHELE BORZONI, TERRAPROJECT/REDUX
Quando a FIFA anunciou África do Sul como anfitriã do Mundial de 2010, uma pequena comunidade da Cidade do Cabo lançou-se à tarefa de redução de resíduos. Conduzida pela ONG Thrive Hout Bay, as escolas locais, residentes e empresas uniram-se na persecução do desperdício zero até 2010. Em parceria com o governo local, lançaram um programa doméstico de recolha de resíduos, que teve tanto êxito que influenciou a criação de outros programas de recolha por toda a cidade
Fotografia de JASON EDWARDS, COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Em 2012, membros de organizações comunitárias, agências governamentais, escolas e outras instituições começaram a delinear o Plano para o Desperdício Zero do Guame. Reconhecendo que a educação e o desenvolvimento adequado ainda terão um longo caminho a percorrer, o plano de desperdício zero do Guame não tem uma data final definida, focando-se antes numa abordagem de 20 anos e em quatro fases.
Fotografia de JUN MICHAEL PARK, LAIF/REDUX
Esta localidade do condado de Tipperary tornou-se a primeira Comunidade Rumo ao Desperdício Zero da Irlanda, em 2017, quando a instituição de beneficência VOICE lançou o programa piloto “Cashel Rumo ao Desperdício Zero”. Com ênfase no desperdício zero mais como uma jornada do que um destino, esta iniciativa foca-se na prevenção de resíduos, educação, compostagem, colaboração comunitária e estratégias rumo a uma economia circular.
Fotografia de CHRIS HILL, COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
No coração das iniciativas de desperdício zero em Buenos Aires estão os cantoneros — indivíduos pobres que recolhem o lixo das ruas, e que já faziam separação de resíduos para reciclagem muito tempo antes das leis de desperdício zero da capital argentina terem sido anunciadas em 2005. Ainda que esta legislação inclua a pretensão de proibir o vazamento de resíduos recicláveis e compostáveis em aterros até 2020, as empresas privadas de gestão de resíduos lucram com os aterros e podem atrasar a realização desse objetivo. Ainda assim, ONG ambientais e cidadãos como os cantoneros continuam a defender a implementação de estratégias de desperdício zero
Fotografia de PAUL HAHN, LAIF/REDUX
Como parte da visão global OneNYC, para tornar a cidade “a mais resiliente, equitativa e sustentável do mundo”, a Big Apple estabeleceu em 2015 o objetivo de atingir o desperdício zero até 2030. Uma das estratégias, um extenso programa de recolha de resíduos orgânicos das ruas, serve atualmente mais de três milhões de habitantes, sendo o maior programa do género nos Estados Unidos.
Fotografia de DIANE COOK & LEN JENSHEL/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Em 2002, San Francisco tornou-se a primeira grande cidade norte-americana a estabelecer um compromisso com o desperdício zero. Apesar de o seu ambicioso objetivo de desperdício zero até 2020 não vir, provavelmente, a ser atingido, a cidade deu vários passos significativos relativamente às políticas públicas, tais como a implementação da primeira lei de compostagem obrigatória do país, bem como a proibição de sacos de plástico de uso único em lojas e supermercados.
Fotografia de RANDY OLSON, COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Ao anunciar o seu objetivo de desperdício zero em 2014, Liubliana tornou-se a primeira capital europeia a assumir este compromisso. Graças a uma eficaz recolha de resíduos porta-a-porta e a uma comunicação clara acerca da redução e reutilização de resíduos, Liubliana eliminou a necessidade de incineradoras e foi nomeada umas das Capitais Verdes Europeias em 2016. A cidade está no bom caminho para atingir o objetivo de aumento da separação de resíduos em cerca de 80% e reduzir em metade a quantidade de resíduos até 2025.
Fotografia de AGE FOTOSTOCK, ALAMY STOCK PHOTO
Em 2003, Kamikatsu tornou-se o primeiro município do Japão a anunciar um plano para o desperdício zero. Esta pequena localidade deu grandes passos rumo ao seu objetivo de 2020, tendo eliminado a necessidade de incineradoras que emitem gases com efeito de estufa. Os habitantes separam o lixo em 45 categorias, reciclando, compostando e reutilizando com sucesso cerca de 80% de todos os resíduos.
Fotografia de ROBERT GILHOOLY, ALAMY STOCK PHOTO
Em 2013, a cidade de Santa Mónica fez um levantamento das necessidades e preocupações da comunidade, antes de adotar o seu Plano Estratégico de Operações Desperdício Zero em 2014. Para atingir o seu objetivo de 95% de desvio de resíduos dos aterros até 2030, esta cidade costeira do sul Califórnia está a criar formas práticas para os seus residentes locais e visitantes separarem os resíduos orgânicos dos recicláveis e do lixo, tais como colocar caixotes de compostagem em instalações da cidade e melhorar os serviços às habitações com várias unidades
Fotografia de STEVE WINTER/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Ao defender melhores condições de segurança no trabalho e formar o primeiro sindicato de cantoneiros na Índia, os cantoneiro de Pune chamaram a atenção para os desafios da gestão de resíduos e possibilidade de atingir o desperdício zero através da recolha porta-a-porta. Em 2012, Pune lançou um programa de desperdício zero para educar os habitantes acerca da separação de resíduos na fonte, resultando no aumento do cumprimento e diminuição dos resíduos enviados para os aterros.
Fotografia de HELENA SCHAETZLE, LAIF/REDUX
Já em 2006, sete municípios do condado de Međimurje trabalhavam em conjunto na gestão dos resíduos; assim, estavam numa posição perfeita para aderir à rede Europa Desperdício Zero em 2015. O compromisso formal do condado inclui a redução dos resíduos em aterros, 70% de recuperação de resíduos (reciclagem, compostagem, etc.) até 2020 e evitar as incineradoras.
Fotografia de DALIBOR BRLEK, ALAMY STOCK PHOTO
Esta ilha paradisíaca é a prova de que o desperdício zero é possível mesmo em destinos turísticos com uma alta procura. A recolha de resíduos porta-a-porta, um sistema pague-o-que-sujar, incentivos para os municípios com um elevado desempenho e coimas para aqueles com baixo desempenho tiraram a Sardenha da lixeira. Outrora a região italiana com o pior desempenho, a taxa de separação de resíduos aumentou de 3,8% em 2003, para 56% em 2016. A cidade conta atingir os 80% até 2022.
Fotografia de GIANLUCA COLLA, COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Preocupados com a dependência das incineradoras, os cidadãos pressionaram o governo a virar a atenção dos sintomas para a fonte. Em 2003, a Administração de Proteção Ambiental de Taiwan implementou uma política de desperdício zero, apelando às empresas e residentes que reduzissem o volume de resíduos em 75% até 2020. A proibição de utensílios descartáveis em restaurantes traduziu-se na redução de pauzinhos descartáveis em 44 milhões de pares em 2014.
Fotografia de DINA LITOVSKY, COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
A Suécia deu que falar nos meios de comunicação internacionais quando queimou todo o seu próprio lixo, e começou a importar resíduos para alimentar as suas unidades de incineração. O país já praticamente atingiu o seu objetivo — menos de 1% dos resíduos domésticos acabam em aterros, ao passo que 50% é incinerado e convertido em energia. A Suécia foi elogiada por alguns por conduzir uma “revolução de reciclagem”, e criticada por outros por continuar a queimar o lixo.
Fotografia de DAGMAR SCHWELLE, LAIF/REDUX
Em 2015, esta cidade do surf anunciou oficialmente a sua intenção de desviar 75% dos resíduos enviados para aterros até 2020, 90% até 2035 e atingir o desperdício zero em 2040. A organização sem fins lucrativos Zero Waste San Diego organiza eventos educacionais no âmbito do desperdício zero e faz consultoria, numa tentativa de dar apoio aos habitantes e empresas locais.
Fotografia de RICHARD CUMMINS, ROBERT HARDING/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
A declaração de Gales de 2010, “Rumo ao Desperdício Zero”, incluía estratégias para atingir uma taxa de 70% relativamente à reciclagem de resíduos em 2025 e desperdício zero em 2050. Em 2017, a taxa de reciclagem atingiu os 63,8% para os resíduos urbanos sólidos (incluindo plásticos e embalagens). Este país do Reino Unido está bem encaminhado para atingir o seu objetivo de 2025, sendo apenas ultrapassado pela Alemanha no que respeita às taxas de reciclagem em todo o mundo.
Fotografia de STEPHEN SPRAGGON, ROBERT HARDING/COLEÇÃO DE IMAGENS NAT GEO
Targu Lapus foi a primeira cidade da Roménia a descartar planos de incineração e a assumir um compromisso de desperdício zero. Em 2014, juntou-se à rede Europa Desperdício Zero, declarando o objetivo ambicioso de 8% de desvio dos resíduos de aterros até 2020, com especial enfoque na compostagem e reciclagem.
Fotografia de ANTONEL ADRIAN TUDOR, ALAMY STOCK PHOTO
In 2009, a câmara municipal da cidade de Alaminos aprovou o primeiro decreto de desperdício zero das Filipinas. Graças ao apoio da Aliança Global de Alternativas às Incineradoras (GAIA) e aos esforços conjuntos da comunidade e do governo local, a compostagem e a separação de resíduos tornaram-se a regra num local onde os despejos a céu aberto e a queima de resíduos foram outrora uma ocorrência diária.
Fotografia de MOSHE SHAI, ANZENBERGER/REDUX
Esta cidade neozelandesa optou por uma abordagem colaborativa para atingir o seu objetivo de desperdício zero até 2040. A câmara municipal de Auckland virou-se para o público — incluindo empresas, grupos comunitários, representantes da indústria dos resíduos, māori, jovens e outros habitantes — para obter opiniões acerca de um plano revisto. “O Plano de Gestão e Minimização de Resíduos de Auckland 2018: Trabalhando em Conjunto para o Desperdício Zero” foi aprovado recentemente, juntando-se assim Auckland a 22 outras regiões e cidades de todo o Planeta, que se comprometeram com a Declaração de Desperdício Zero do C40.
Fotografia de ASANKA BRENDON RATNAYAKE, THE NEW YORK TIMES/REDUX
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