Veja as Melhores Fotografias de Animais de 2018

À noite, os tubarões-cinzentos-dos-recifes caçam em grupo no canal meridional do atol de Fakarava no Arquipélago de Tuamotu. A equipa de Laurent Ballesta, que mergulhou sem jaulas nem armas, contou 700 tubarões.

Steeple Jason, uma das ilhas mais remotas das Ilhas Malvinas, alberga a maior colónia mundial de albatrozes-de-sobrancelha. Outrora usada como pasto para ovelhas e gado, é agora uma reserva natural. Cerca de 70 porcento da população de albatrozes-de-sobrancelha nidifica nas Malvinas.

Com penas frescas da muda, uma coluna de pinguins-macaroni sobe ao cume de uma antiga cratera de um vulcão, na Ilha Marion subantártica. Atrás deles está “o Anfiteatro”, uma série de socalcos na cratera que foi sendo desgastada por várias épocas de mudas e nidificação de pinguins-macaroni. “O som de todos os pinguins a reverberar pelas multicamadas desta meia cratera é realmente impressionante”, diz o ecologista Otto Whitehead.

Uma estrela do mar agarrada a uma árvore marinha de algas, nas águas gélidas do Atlântico Sul, ao largo da costa da Ilha Bird, no que parece ser uma floresta tropical subaquática. As cordilheiras que formam as Malvinas obrigam os nutrientes a elevar-se das profundezas, criando um mundo marinho muito rico que atrai todos os tipos de peixes, mamíferos e pássaros.

Os arbustos alfineteiros e as lascas de pedra não incomodam o puma, conhecido como Sarmiento, ao centro, nem as suas crias de 11 meses, que se agrupam no final de um dia de inverno, por cima do Lago Sarmiento, perto do Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. A matriarca, que criou várias gerações de crias, passa a maior parte do tempo a caçar – e a dormir – à beira-mar.

Um elefante asiático espreita através da folhagem, na floresta Inani, no Bangladesh, junto aos limites do maior campo de refugiados do mundo. Integra um grupo de 38 que estão aprisionados na floresta adjacente ao campo, que bloqueia as suas rotas de migração.

Conservacionistas seguram uma garça-real doente e pássaros que morreram após uma pulverização aérea de pesticida fentião, na zona de cultivo de arroz de Bunyala, no Quénia. Os aldeões apanham e comem os pássaros, apesar destes estarem doentes.

Após uma hora de espera deitado atrás de uma parede de arbustos – seguida de uma perseguição de mais de 90 metros, durante meia hora, em pastos selvagens – o puma Sarmiento salta para cima de um guanaco. O macho forte e maduro move-se para o lado, escapando às garras afiadas do seu inimigo.

Os pinguins-de-penacho-amarelo têm de navegar por entre as escarpas rochosas e o rebentamento das ondas quando entram e saem da Ilha Marion.

Focas-caranguejeiras deslizam até ao gelo flutuante para dormir, para dar à luz, ou para se esconder de orcas ou de focas-leopardo. (Repare nas cicatrizes salientes.) Com menos gelo disponível na Península Antártica, icebergs como este, paridos de glaciares em terra, fornecem zonas críticas de descanso para os animais. Apesar do nome, as focas-caranguejeiras alimentam-se maioritariamente de krill de camarão – outro bem da Antártica cujo futuro está em risco.

Durante um cortejo que durou um dia inteiro, Charqueado (à esquerda), um puma de quatro anos persegue uma fémea, rangendo os dentes e grunhindo. De acordo com o fotógrafo Ingo Arndt, acasalaram cinco vezes durante uma hora, num local relativamente exposto. Depois, em vez de recuarem para uma zona segura, continuaram a passear por este promontório de terras privadas, perto do Parque Nacional Torres del Paine.

Nas Ilhas Chatham, na Nova Zelândia, a zona de nidificação mais abrigada para os albatrozes é uma gruta natural no alto de Te Tara Koi Koia. Lá dentro, os ninhos protegidos da erosão, do vento e da chuva, formam pedestais da altura de cartolas. As crias de penugem cinzenta abandonam o ninho após um período de cinco meses.

A cabeça esfolada de uma cria de albatroz-de-cabeça-cinzenta na ilha subantártica de Marion mostra de forma arrepiante a ameaça que as espécies invasivas representam para as aves marinhas. Por razões não completamente compreendidas, ratos levados para a ilha por humanos há 200 anos começaram a alimentar-se de aves à noite. Sem medo instintivo deste perigo recente, a ave mantém-se imóvel enquanto os ratos lhe mordiscam a carne até à morte.

Os pinguins-gentoo nadam à velocidade mais rápida cronometrada num pássaro: 35 quilómetros por hora. Passam o dia inteiro a caçar no oceano, geralmente perto da costa, enquanto evitam ser caçados por focas, leões-marinhos e orcas. As Ilhas Malvinas abrigam a maioria de pares reprodutores de pinguins-gentoo do mundo.

Um caçador de borboletas, na Iha Bacan, Indonésia, separa os seus espécimes para depois os vender em Bali. As borboletas são posteriormente exportadas para toda a Ásia e para colecionadores de todo o mundo.

As medusas-da-lua, existentes no mundo inteiro, devem o nome às suas campânulas etéreas e translúcidas. A fiada de cílios varre a comida — sobretudo plâncton — para as suas bocas. As medusas mudam de cor dependendo daquilo que comem.

Este jovem leão macho foi um dos três membros do famoso Marsh Pride Queniano a morrer em 2015, depois de comer a carcaça de uma vaca que os pastores Masai contaminaram com carbosulfano, um inseticida. Os leões tinham morto várias vacas

Um falcão-sacre fémea guarda as suas crias – chamadas eyases – no seu ninho com vista para as planícies da Mongólia. Diz-se que Gengis Khan guardava centenas de falcões para caçar. Atualmente, os falcões-sacre são considerados uma espécie ameaçada devido à perda de habitat e ao tráfico ilegal de vida selvagem.

Enquanto o sol se põe na costa ocidental da Ilha Marion, um quarteto de albatrozes-errantes irrompe no ritual de dança da espécie, um conjunto complexo de chamamentos e gesticulações, incluindo uma mostra de “chamamento do céu”, feita pelo pássaro à direita. Os albatrozes-errantes acasalam para a vida e o ato de dançar, geralmente executado pelos sub-adultos, ajuda a encontrar futuros parceiros.

O sol nasce no Wyoming sobre este tetraz-cauda-de-faisão que se pavoneia, de peito inchado e cauda alargada. As suas arenas de cortejo, ou acasalamento lek, ocorrem nas clareiras de artemísia.

Uma borboleta Ornithoptera goliath eclode na cozinha de uma casa de turismo na Papua Ocidental, na Indonésia. As borboletas recém-nascidas são mortas cedo para que as asas sejam preservadas. O comércio de borboletas raras — tanto legal como ilegal — estende-se a todo o planeta e abrange captores, intermediários e colecionadores.

A geleia de chapéu de flor exemplifica o paradoxo das medusas, ou alforrecas, em forma de sino: são delicadas e ameaçadoras. Assentes no fundo do oceano, abanando tentáculos coloridos, atraem os peixes, picam-nos e comem-nos.

Depois de treinarem no deserto, os falcões são atados aos poleiros para a viagem de regresso ao Dubai. A visão das aves é tão apurada que os movimentos subtis ou mudanças na intensidade da luz podem assustá-las. A técnica de encapuzar, desenvolvida pelos antigos árabes, ajuda a mantê-las calmas.

Numa noite quase sem lua, em Fakarava, na Polinésia Francesa, membros da equipa do fotógrafo Laurent Ballesta, nadando contra a corrente, seguram os holofotes poderosos de que este necessita para fotografar os tubarões que caçam garoupas escondidas no recife.

Ellie, um açor do norte, pertencente a Lloyd e Rose Buck, em Inglaterra, encolhe as suas asas e atravessa vários espaços apertados, a alta velocidade. Os cientistas de aeronáutica dizem que os ferozes predadores determinam a densidade das árvores e intuem a velocidade a que podem voar – assegurando que vão encontrar aberturas sem colidir.

Pinceladas de cores vivas enquadram o olho de um papagaio de figo de Edwards – que, como o nome sugere, se alimenta de figos (bem como de outros frutos, néctares e, possivelmente, insetos). Este atraente habitante das florestas também se sente confortável a viver perto de povoações humanas, na Indonésia e na Papua Nova Guiné.

Arnie, um estorninho-comum, vive com Lloyd e Rose Buck, em Somerset, onde tagarela em inglês e se sente mais feliz quando Lloyd toca piano. Parece existir algo de especial na música clássica que apela aos estorninhos-comuns: Mozart tinha um estorninho-comum que cantava alguma da sua música. Arnie gosta de Mozart, Beethoven, Schubert e Bach.

Um jovem shag de olhos azuis tenta o que parece ser o seu primeiro mergulho. Muitas aves marinhas voadoras nidificam ou alimentam-se ao largo da Península Antártica.

Um morcego falso-vampiro lanoso bate as asas em direção ao luar noturno. A missão: buscar o jantar. Para os roedores e outras pequenas criaturas da península mexicana do Iucatão, a noite é uma altura especialmente perigosa, com os morcegos carnívoros a deixarem os seus poleiros em busca de presas.

Pinguins-rei passeando pelos areais brancos de Volunteer Point, na Malvina Oriental. Nos anos de 1860 eram avistados em pequenos números nas ilhas, mas na década de 1970 a população começou a aumentar de forma acentuada. Agora, um milhar de pares reprodutores frequentam a praia, que se tornou uma reserva privada há 50 anos.