10 Paisagens Alienígenas na Terra
Desde vales glaciares de outro mundo a piscinas sulfúricas bizarras, estes lugares ajudam os cientistas a explorar cenários para além do nosso planeta.
Publicado 3/09/2019, 16:49 , Atualizado 4/09/2019, 10:30

A Depressão Danakil da Etiópia é a definição de inóspito. Esta paisagem vulcânica está repleta de fontes termais ácidas, lava a ferver, areias salgadas e vapores tóxicos. Apesar disso, os microrganismos prosperam entre as piscinas sulfúricas da região e os cientistas dizem que este inferno na Terra é um excelente análogo de Marte.
Fotografia por Robert Harding Picture Library, Nat Geo Image Collection
Na mina de Naica, no México, cerca de 300 metros abaixo da superfície terrestre, os enormes cristais de selenite preenchem uma caverna quente e húmida. Alguns dos cristais têm mais de 9 metros de comprimento; os mais largos têm 4 metros. Embora a "Caverna dos Cristais" tenha sido encontrada apenas no ano 2000, os cientistas que procuram vida em lugares improváveis depressa a colocaram no seu radar. Em 2017, Penelope Boston, da NASA, anunciou a descoberta de micróbios nos cristais, alguns dos quais podem estar presos há mais de 50.000 anos.
Fotografia por Carsten Peter, Speleoresearch & Films/Nat Geo Image Collection
Com os seus penhascos de arenito de tonalidade avermelhada, o Wadi Rum da Jordânia é uma das paisagens mais sobrenaturais do planeta. Este deserto, cujo nome em árabe significa "Vale da Lua", fez de Marte em vários sucessos de Hollywood, incluindo o filme de ficção científica de 2015 “Perdido em Marte”. As agências espaciais costumam usar outros desertos próximos, como o Negev de Israel, como análogos de Marte para treinos de simulação.
Fotografia por Robert Harding Picture Library, Nat Geo Image Collection
O Salar de Uyuni, escondido nos Andes bolivianos, é o maior deserto de sal da Terra. O seu manto branco é tão brilhante que se consegue ver do espaço – e, por vezes, a crosta de sal fica coberta por uma fina camada de água, transformando a superfície num espelho gigante. Os microrganismos que gostam de sal prosperam neste ambiente extremamente cáustico.
Fotografia por Cedric Gerbheaye, Nat Geo Image Collection
Se um dia os humanos colonizarem a lua ou Marte, um tubo de lava poderia ser um bom local para viver. Estas estruturas subterrâneas oferecem um refúgio natural contra as radiações perigosas, tempestades de poeira, micrometeoritos e temperaturas extremas, e atingem dimensões que podem acolher cidades inteiras. Na Terra, os astronautas já estão a fazer treinos para missões em tubos de lava.
Fotografia por Carsten Peter, Nat Geo Image Collection
A Antártida é um destino muito popular entre os cientistas que investigam oceanos alienígenas. As espessas camadas de gelo que cobrem e envolvem o continente ocultam um mar gelado e cheio vida – uma configuração que espelha bem a estrutura das luas geladas do sistema solar, incluindo Europa e Encélado. Procurar vida nesses mares extraterrestres significa explorar oceanos enterrados, pelo que os cientistas estão a desenvolver veículos submersíveis robóticos e a fazer testes nas águas antárticas.
Fotografia por Norbert Wu, Minden Pictures/Nat Geo Image Collection
O Lago Mono, na Califórnia, é uma imitação terrestre de Marte com 4 mil milhões de anos – altura em que o planeta estava a começar a perder as suas águas superficiais. Neste lago, a lenta evaporação e recuo das águas revela tufas enormes, torres de carbonato de cálcio com formas estranhas. Os cientistas usam o lago para testar equipamentos com destino a Marte, e estudam os micróbios que vivem nas suas águas salgadas e alcalinas.
Fotografia por Tim Fitzharris, Minden Pictures/Nat Geo Image Collection
Desde 2003 que os cientistas usam Svalbard, um arquipélago norueguês perto do círculo do Ártico, como campo de testes para tecnologia destinada a Marte. Com as suas temperaturas gélidas, afloramentos rochosos, pergelissolo e geologia vulcânica, Svalbard espelha de perto vários ambientes marcianos, como os polos do planeta vermelho e as suas crateras equatoriais. O ambiente do Ártico também ajuda os cientistas a identificar e detetar assinaturas químicas de vida.
Fotografia por Michael Melford, Nat Geo Image Collection
O Borup Fiord Pass, um vale de glaciares na ilha Ellesmere, no Canadá, tem blocos de gelo amarelo que fazem lembrar a superfície de Europa, a lua de Júpiter. O ambiente alienígena do glaciar deve-se às fontes salgadas que libertam enxofre na sua crosta gelada. Os cientistas que estudam glaciares já encontraram diversas comunidades microbianas neste ambiente e usam-nas para testar formas de deteção de vida à distância.
Fotografia por Nick Norman, Nat Geo Image Collection
O deserto de Atacama, no Chile, é frequentemente usado para simular Marte: é um dos lugares mais secos da Terra, com uma precipitação média anual de cerca de 2 centímetros, e os seus terrenos oferecem muitas zonas distintas de testes para os rovers com destino a Marte. Apesar dos seus extremos, a vida também prospera no solo de Atacama – e nos lagos das montanhas que ficam nas proximidades.
Fotografia por Babak Tafreshi, Nat Geo Image Collection
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