Estas Plantas Estão em Risco de Extinção em Portugal
Estas são algumas das espécies de plantas incluídas na primeira Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental. Encontram-se em risco de extinção devido às alterações climáticas e ao impacto da ação humana.

O teixo (Taxus baccata) está avaliado na categoria Em Perigo (EN). Os incêndios recorrentes são a principal ameaça sobre as espécies arbóreas de crescimento lento como esta.
As campainhas-da-estrela (Campanula herminii), avaliadas na categoria Vulnerável (VU), em Portugal encontram-se apenas em altitudes acima dos 1700 metros, na serra da Estrela. Os efeitos combinados da diminuição da precipitação de neve e do aumento de temperatura irão provocar alterações significativas no habitat de várias espécies, como é o caso desta.
As plantas aquáticas como o golfão-pequeno (Nymphoides peltata) estão em declínio acentuado. Esta espécie está categorizada como Em Perigo (EN) e o seu habitat sofre pressões como a drenagem para instalação de explorações agrícolas, pecuárias ou florestais e a expansão de espécies invasoras.
A espécie endémica silene-da-estrela (Silene foetida subsp. foetida) também se encontra apenas em altitudes acima dos 1700 metros e está avaliada como Em Perigo (EN).
O alcar-do-algarve (Tuberaria globulariifolia var. major) é uma planta endémica do litoral de Portugal que se encontra ameaçada pela expansão urbana e por outras atividades humanas que causam a degradação ou destruição do seu habitat. Está avaliada como Em Perigo (EN), de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
A alcachofra-rasteira (Cynara tournefortii), endémica do sudoeste da Península Ibérica, mas com distribuição global concentrada no Alentejo, está avaliada como Vulnerável (VU). Esta espécie encontra-se ameaçada de extinção devido ao desaparecimento do seu habitat em virtude da intensificação agrícola em curso na região.
O miosótis-das-arribas (Omphalodes kuzinskyanae) é nativo do litoral de Portugal e está avaliado como Criticamente em Perigo (CR). À semelhança do alcar-do-algarve, encontra-se ameaçado pela expansão urbana e por outras atividades humanas que causam a degradação ou destruição do seu habitat.
Também em acentuado declínio encontram-se as plantas associadas aos ambientes palustres, como a escabiosa-dos-pauis (Succisella carvalhoana), avaliada como Em Perigo (EN). Várias pressões incidem sobre o seu habitat, incluindo a drenagem para instalação de explorações agrícolas, pecuárias ou florestais, o aumento de espécies invasoras e a poluição das massas de água.