Imagens de povos nómadas dos arquivos da National Geographic
O arquivo de fotografias da National Geographic mostra-nos algumas das vidas nómadas à volta do mundo.

Omã, 1992: Beduínos Hamad Haraiz Harsousi fazem orações noturnas em Jiddat al Harasis, um deserto famoso pelos seus depósitos de meteoritos.
Arábia Saudita, 1972: Beduínos descansam à sombra de uma tenda no Deserto de Nafud. Os beduínos são os povos nómadas mais numerosos com milhões de indivíduos dispersos pelo norte de África, Península Arábica e Levante.
Argélia, 1973: Pastores tuaregues de cabras bebem chá no seu acampamento em Hassi Izernene, na Argélia. Os tuaregues, que derivam do povo berbere, ocupam a região subsaariana de Sahel. Contando com muitos artesãos e comerciantes, o seu uso do corante índigo em tecidos tradicionais fez com que lhes chamassem ‘povo azul’.
Saara, 1990: Um tuaregue conduz camelos dromedários pelas areias do Saara, envergando o tradicional turbante tuaregue e uma cobertura facial, ou tagelmust, e uma túnica índigo azul. Os tuaregues são navegadores astrais experientes e usaram a claridade do céu noturno do deserto para cultivar uma rica mitologia que influencia a sua vida diária.
Finlândia, 1954: Uma família Sámi sentada em torno de uma fogueira numa tenda de peles de rena. Também conhecidos por Lapónios, os Sámi são pastores de renas que vivem dispersos pelo norte da Noruega, Suécia e Finlândia.
Noruega, 1971: O estilo de vida nómada Sámi começou há relativamente pouco tempo, desenvolvendo-se mais nos últimos séculos. A maioria dos Sámi da atualidade é semi-nómada, e só os pastores é que se movem com as renas conforme estas migram, as famílias estão em lares mais permanentes.
Filipinas, 1971: Uma jovem Ubo, vestida com joias tradicionais, na Ilha de Mindanau. Os Ubo fazem parte dos Lumad, um povo indígena formado por cerca de uma dúzia de tribos diferentes. Estes povos são artesãos e caçadores hábeis, e tradicionalmente nómadas – com muitos grupos fixos que foram forçados a um estilo de vida sedentário devido a disputas por terras ancestrais.
Irão, 1975: A tribo Shahsavan prepara-se para desmontar o acampamento e mudar para o planalto. Estes povos nómadas instalaram-se entre as montanhas da Transcaucásia, numa região que já fez parte do nordeste da Pérsia, e ficaram famosos pelas suas tecelagens complexas – principalmente tapetes.
Irão, 1975: Uma mulher Shahsavan cobre o sorriso com um véu.
Montana, finais do século XIX: Tribos Piegan transportam línguas sagradas de búfalo em trenós. Os povos das Grandes Planícies eram nómadas que seguiam manadas de búfalos e que subsistiam dos animais; tentando utilizar todas as partes dos búfalos para comida, roupa, armas ou artesanato.
Tibete, 1955: Um nómada tibetano Drokpa gira uma enorme roda de orações ao longo da rota entre Choni e Xincheng. ‘Drokpa’ significa ‘pessoas das pastagens altas’, e estas pessoas ainda se encontram hoje em dia no planalto tibetano, onde se movem de pastagem em pastagem com os seus rebanhos de iaques, subsistindo dos animais e vivendo em tendas ou cabanas sazonais.
Inglaterra, 1972: Em frente a carroças tradicionais com tejadilho, uma família de viajantes cozinha à volta de uma fogueira. Os grupos de nómadas no Reino Unido são conhecidos pelo termo ‘viajantes’ e incluem o povo Romanichal (um derivado britânico dos Ciganos europeus), bem como os Viajantes Irlandeses, Kale ou Ciganos Galeses e grupos de Viajantes Escoceses. Muitos são descendentes de nómadas Ciganos europeus, mas outros pertencem a grupos não relacionados que têm as suas próprias tradições, passado e costumes.
Inglaterra, 1972: Uma idosa ‘viajante’ espreita pela janela de um vagão. Os grupos de viajantes britânicos são coletivamente chamados de ciganos, algo que, dada a diversidade de antepassados e o legado que partilham, muitos viajantes consideram redutor ou ofensivo. Originalmente, a palavra ‘cigano’ vem de gypcian, uma gíria inglesa para ‘egípcio’, representando a falsa crença de que estas pessoas vinham do Egito.
Inglaterra, 1972: A Feira de Cavalos Appleby, realizada anualmente em Appleby-in-Westmoreland, Cúmbria, é um encontro entre pessoas que viajam e que muitas vezes envolve corridas de carroça, venda de ferragens e leitura da sina.
Irão, 1961: Uma rapariga Qashqai, com trajes tradicionais, pastoreia cabras durante o verão. Os Qashqai eram um coletivo de tribos maioritariamente turcas que se mudavam com os seus animais entre o verão e o inverno, e vendiam artesanato, como tapetes e roupas, nos mercados locais. Os seus hábitos nómadas começaram a desvanecer a partir de 1960, e a maioria é agora sedentária.
Líbano, 1954: Uma família que viaja numa carroça puxada por burros sorri para a fotografia. Os viajantes do Médio Oriente incluem os Domari, que provavelmente partilham antepassados comuns na Índia com os Ciganos.
Palestina, 1926: O chefe de uma tribo nómada beduína perto das ruínas da Cidade Velha de Tiberíades.
China, 1925: Uma mulher nómada tibetana posa para a fotografia com um chapéu tradicional pontiagudo. O Tibete estava interdito há muito tempo aos ocidentais; mas nas primeiras missões de reconhecimento ao Monte Evereste, feitas por alpinistas britânicos, John Noel disfarçou-se de nómada tibetano para conseguir uma passagem para a província.