Como comer de forma mais sustentável (e saudável)
Criar, abater e pescar milhares de milhões de animais anualmente traduz-se num enorme custo para o nosso planeta. No caso português, a alimentação é responsável por cerca de 30% da pegada ecológica do país, tornando Portugal o país mediterrânico com a maior pegada alimentar per capita. De acordo com os investigadores que publicaram o estudo com estes dados, “se todas as pessoas no mundo consumissem como os portugueses, precisaríamos de 2,3 planetas Terra".
O mesmo trabalho científico indica que grande parte da biocapacidade necessária para a alimentação da população nacional provém de outros países, sendo que Portugal importa 73% dos alimentos. Este número reflete a dependência e pressão que o país causa nos ecossistemas dos países de onde derivam essas importações, como é o caso de Espanha e França.
E se é na alimentação que reside a nossa maior pegada ecológica, a partir das suas escolhas diárias pode ajudar a fazer a diferença. Além da redução do desperdício alimentar, existem outros cuidados que pode ter quando planeia as refeições e faz as suas compras. Descubra como pequenos gestos na sua rotina podem ajudar a conservar alguns dos recursos mais importantes do planeta.
Reduza o consumo de carne e pescado
Isto não é um bicho de sete cabeças. Para reduzir o consumo de carne e pescado, comece por planear um dia por semana em que apenas faz refeições vegetarianas. Isso pode traduzir-se num apetitoso chili de legumes ou numa tentadora pizza vegetariana (de preferência com uma base mais saudável como a de couve-flor ou que utilize a fermentação com massa-mãe). A redução do consumo de carne e pescado é uma das formas mais eficazes de reduzir a nossa pegada alimentar.
Diversifique os seus pratos
Aumentar a variedade da sua dieta é essencial para aliviar o impacto ambiental da produção alimentar. Segundo a WWF, 75% do suprimento de alimentos mundial baseia-se em apenas 12 plantas e cinco espécies animais. A falta de variedade na agricultura pressiona os recursos naturais e pode ameaçar a segurança alimentar. Ao optar por uma dieta mais diversificada e com menos produtos processados poderá melhorar a sua alimentação e promover a sua saúde.
Escolha produtos sazonais e locais
Os produtos fora de época vêm de outros países, o que significa que são refrigerados e transportados por longas distâncias e, por isso, menos sustentáveis que os produtos sazonais e locais. O conceito de sazonalidade está impregnado na cultura japonesa, que privilegia a utilização de ingredientes da estação, designados “shun”, em japonês. Desta forma, os alimentos são consumidos na altura do ano em que estão mais frescos e mais saborosos.
Procure certificações de comércio justo
Antes de comprar alimentos com condições de produção pouco claras, como o chá, o café, ou o chocolate, procure produtos com certificação de comércio justo, como a UTZ. A UTZ é um programa de certificação mundial que assegura que o café, o chá, ou o cacau são cultivados e colhidos de acordo com boas práticas agrícolas e requisitos ambientais. Exemplo disto, é o café de filtro PÅTÅR da IKEA, que possui esta certificação, garantindo padrões de cultivo sustentável e melhores condições para os trabalhadores.
Conteste produtos embalados
Ao contestar e evitar certos produtos embalados que não têm necessidade de o ser, como a fruta e os vegetais, está a contribuir para reduzir os descartáveis. Descubra ainda como pode diminuir o uso de descartáveis em casa e substituí-los por outras soluções.
Cultive alguns alimentos
Ao cultivar alguma da comida que consome, poupará a pegada de carbono associada a esse produto e terá maior controlo sobre o que está a comer. Isto pode ser tão simples quanto alguns pés de tomate cereja numa pequena estufa ou um vaso com salsa. O que soa melhor que alimentar-se diretamente da sua produção?
Na próxima vez que fizer compras alimentares, lembre-se de como pode tornar a sua alimentação mais sustentável. O seu contributo para a saúde do planeta começa em casa.
Este é um conteúdo pago para a IKEA. Não reflete necessariamente a visão da National Geographic ou da sua equipa editorial.