As 10 Melhores Caminhadas Acessíveis com Grandes Recompensas
Publicado 8/03/2022, 12:54

Rifugio Bonatti, Courmayeur, Itália.
O que vai andar — 11,3 quilómetros em sentido único a partir de Courmayeur.
O que vai ganhar — O conforto europeu à sombra das selvagens montanhas rochosas do Monte Branco.
O que vai fazer — Escondida no sopé das brancas montanhas rochosas do Monte Branco, ou Monte Bianco em italiano, com 4809 metros, a vila de Courmayeur é mais descontraída do que de Chamonix, a cidade francesa dedicada à prática desportiva, no outro lado da montanha. Mas tem um longo historial de montanhismo, incluindo a segunda mais antiga associação de guias de montanha do mundo, a Società delle Guide di Courmayeur, criada em 1850, que gere um abrangente museu sobre a história do alpinismo na cidade.
A cidade também apresenta uma das melhores redes de alojamento em cabanas nos Alpes, incluindo a fantástica Rifugio Bonatti, assim chamada em homenagem ao pioneiro alpinista e fotógrafo italiano Walter Bonatti. Com uma vista panorâmica sobre os glaciares e os acentuados cumes das Grandes Jorasses, com 4208 metros, o Rifugio é mais parecido com um hotel de montanha do que com uma cabana com o seu serviço completo de bar onde serve iguarias italianas e aperitivos. Apesar de a caminhada, que começa na cidade, ter 853 metros verticais, um café expresso ou um copo de fernet (uma bebida espirituosa italiana) na cabana irá certamente aliviar o cansaço (ou então pode ir de transportes até ao cimo do vale e encurtar o trilho em cerca de uma hora e em cerca de 274 metros verticais).
Fotografia por Look Foto, Aurora Photos
Imja Tse (Island Peak), Nepal.
A percorrer — 56,3 a 64,4 quilómetros.
A ganhar — Um pico himalaico cujo cume os que não são alpinistas têm boas hipóteses de conseguir visitar.
O que vai fazer — Esta não é uma caminhada fácil. É uma viagem de montanhismo até um pico de 6189 metros no Himalaia, que requer o equipamento e a experiência adequados — mas é o pico mais escalado no Himalaia e um cume ao qual caminhantes experientes ajudados por guias têm uma boa hipótese de chegar, sem todos os perigos e esforços dos famosos cumes de 8000 metros, como o Everest ou o Annapurna.
O trilho começa na rota do campo base do Everest, seguindo um caminho de elevadas vilas e campos base na montanha. Do topo, podemos ter uma vista panorâmica, incluindo uma vista impressionante do Lhotse, com o Everest escondido mesmo atrás (quando chegar ao cume, pode ver também o campo base do Everest). A escalada até ao pico é também, para o povo do Nepal, uma forma de promoção da região, especialmente para aqueles cuja região foi devastada pelos terramotos de 2015 e que precisa de turistas para continuar a reconstrução.
Fotografia por Aaron Huey, National Geographic
Gleninchaquin, Country Kerry, Irlanda.
O que vai andar — 3,2 a 6,4 quilómetros.
O que vai ganhar — Uma diversão que o coloca no coração do interior da Irlanda selvagem.
O que vai fazer — Visitar o vale mágico do Parque Gleninchaquin, que o fim da última era glacial, há 70 mil anos, deixou exposto, faz com que se sinta como se tivesse entrado numa lenda gaulesa. Não surpreende que os prados tenham atraído povos nómadas, como os errantes Fianna que aqui se instalaram e deixaram vestígios na área da gastronomia. Este é um parque privado e existem herdades com ovelhas a pastar, pelo que a história bucólica aqui faz parte da caminhada tanto quanto os espaços abertos verdejantes, os calmos lagos, as cascatas e as encostas relvadas. Podem ser feitos vários pequenos passeios, desde uma breve volta pela herdade até um passeio livre pelas terras altas.
Fotografia por Holger Burmeister, Alamy
Trilho do Vale Hooker, Aoraki/Parque Nacional Mount Cook, Nova Zelândia
O que vai andar — 4,8 quilómetros, a volta completa.
O que vai ganhar — A visita à floresta tropical que vai revelando vistas panorâmicas dos Alpes do sul da Nova Zelândia e que termina num lago glacial.
O que vai fazer — É difícil encontrar outra caminhada tão curta que tenha tanta coisa: em apenas 4,8 quilómetros, o trilho Hooker passa por uma floresta tropical, pontes pedonais suspensas sobre um rio com águas bastante movimentadas, vistas deslumbrantes dos maiores picos da nação insular, glaciares e as águas azuis do lago. Com o Monte Cook, de 3724 metros, como pano de fundo, neste parque nacional são visíveis os acentuados contrastes do Pacífico Sul, onde o os glaciares são íngremes, os picos cobertos de árvores quase desde o mar e as tempestades são tão descontroladas que podem encerrar tudo num instante.
Mas para ver tudo isto só precisa de um passeio à tarde pelo trilho Hooker, que começa no centro de turismo e termina num lago junto a um glaciar que, frequentemente, tem pedaços de gelo a flutuar. O percurso é feito a cambalear por entre as rochas espalhadas de moreia a céu aberto com paragens em miradouros de onde se tem uma perspetiva global do mais impressionante conjunto de picos do Hemisfério Sul.
Fotografia por EyesWideOpen, Getty Images
Les Dentelles de Montmirail, Gigondas, França.
O que vai andar — 6,4 quilómetros.
O que vai ganhar — Um copo de um dos melhores vinhos do vale do Rhone a meio do caminho até aos elevados penhascos de pedra calcária.
O que vai fazer — Apesar de ser um pouco mais extensa que as outras caminhadas, tem uma grande diferença — o vinho. E não um vinho qualquer. Gigondas — o local, cujo nome significa aproximadamente "o lugar feliz" por ser o lugar para onde vinham relaxar os soldados Romanos com o vinho desta região — é uma das melhores regiões vinícolas de Vale de Rhone. As vinhas decoram as colinas calcárias com árvores do Montmirail e a cidade de Gigondas oferece degustação do vinho nas caves localizadas na praça principal.
Mas o melhor está no cimo da cidade: Os penhascos de pedra calcária de Les Dentelles, que atraem alpinistas de todo o mundo, erguem-se acima das colinas circundantes e o trilho percorre-as a toda a volta. É uma caminhada difícil para chegar até lá, mas é atenuada por zonas de fácil passagem por entre algumas das vinhas e há a recompensa de um copo de vinho e uma refeição. O caminho começa fora da cidade — pode encurtá-lo e caminhar apenas até Les Dentelles de Gigondas ou aumentá-lo escolhendo o maior trilho de caminhada para descoberta da região de Montmirail e caminhar até às cidades vizinhas.
Fotografia por Hemis, Alamy
Trilho do Pico Lassen, Parque Nacional Lassen Volcanic, Califórnia.
O que vai andar — oito quilómetros, a volta completa.
O que vai ganhar — Não é difícil chegar ao topo de um dos enormes estrato-vulcões das Cascatas.
O que vai fazer — O Pico Lassen é o extremo sul dos grandes picos vulcânicos das cascatas. Ao contrário dos outros picos desta cordilheira — pense no Rainier, que exige horas de viagem sobre um terreno seco e irregular com fendas — é muito fácil caminhar até o topo num dia ameno. É, também, uma boa oportunidade para ver o vulcanismo em funcionamento. O Lassen ainda está ativo e a sua última erupção foi em 1915. É também o maior dos 30 domos lávicos deste parque inserido no interior do norte da Califórnia.
A caminhada até ao cume, de 3187 metros, não é muito fácil: implica subir 610 metros verticais em quatro quilómetros. Mas permite às pessoas que de outra forma não chegariam ao topo de um destes gigantes adormecidos visitar um cume.
Fotografia por Gary Crabbe, Alamy
Trilho de North Vista, Black Canyon no Parque Nacional Gunnison, Colorado.
O que vai andar — 4,8 quilómetros, a volta completa.
O que vai ganhar — Fácil acesso a algumas das melhores vistas verticais do planeta.
O que vai fazer — Não terá de se afastar muito do centro de turismo para encontrar um miradouro onde pode ver uma vertiginosa paisagem com uma altura de 549 metros para o Black Canyon de Gunnison, que se tornou um parque nacional em 1999. E mais: não tem de andar para muito longe daí para num agradável passeio por entre pinheiros e zimbros na margem norte do desfiladeiro encontrar vistas ainda melhores com menos multidões em locais como o Exclamation Point (em português, Ponto de Exclamação).
O desfiladeiro é um dos mais profundos e íngremes do mundo, devido à força da água do rio Gunnison, que corre a 73 metros por quilómetro, esculpindo algumas zonas de gneisse e xisto do parque. A força das águas deu origem a vários elementos como as escarpas de 686 metros chamadas Painted Wall (em português, Muro Pintada). Essas escarpas também atraem alpinistas de renome treinar as rotas mais longas. O único equipamento de que as pessoas que fazem este calmo percurso precisam são os binóculos, para poderem observar os pássaros azuis da montanha (Sialia currucoides) ou os falcões-peregrinos (Falco peregrinus) a planar nas profundezas.
Fotografia por Ethan Welty, Aurora
Monte Takao, Japão.
O que vai andar — 3,2 a 16 quilómetros, a volta completa.
O que vai ganhar — Encontrar espíritos da floresta que faz fronteira com a maior megacidade do planeta.
O que vai fazer — Com 38,8 milhões de pessoas a viver na sua área limítrofe, Tóquio é a maior região metropolitana da Terra. É difícil imaginar que é possível fazer uma caminhada no meio de todo esse cimento, mas as encostas repletas de árvores, com 599 metros, do Monte Takao, onde se pode ir para sentir a apreciada paz, ficam a apenas 48,5 quilómetros do centro de Tóquio. Não é de admirar que no cume esteja um santuário budista onde dizem que os yamabushi, ou monges da montanha, têm poderes místicos. Dizem, também, que é assombrado por tengus — duendes espíritos da montanha — e por macacos verdadeiros num parque de macacos.
Caminhar por aqui é fácil e há várias opções para chegar ao topo, incluindo um trilho pavimentado e a hipótese de encurtar em metade a subida (1,6 quilómetros e cerca de 45 minutos de caminhada) através de um teleférico. Mas não espere estar lá sozinho. Todos os anos, 2,5 milhões de pessoas fazem esta caminhada. E se estiver um pouco cansado após a sua caminhada, pode relaxar no onsen — ou termas tradicionais japonesas — no sopé.
Fotografia por JTP, Getty Images
Trilho de Roanoke, Nags Head Woods, Outer Banks, Carolina do Norte.
O que vai andar — 2,4 quilómetros, a volta completa.
O que vai ganhar — A hipótese de explorar os últimos vestígios de um ecossistema de florestas nas dunas nas areias movediças na barreira de ilhas da costa leste.
O que vai fazer — A Nature Conservancy, empresa sem fins lucrativos, tem como atividade a compra e preservação de ecossistemas para a flora e fauna nativa que depende deles. Este é, certamente, o caso aqui na Reserva Ecológica Nags Head Woods, onde algumas das últimas florestas nas dunas na Costa Leste ainda prosperam. Nesta pequena caminhada, atravessamos uma diversidade de nogueiras e carvalhos vivos (quase impossíveis de encontrar tão perto do oceano em qualquer outro lugar), sapais e territórios de observação de pássaros, antes de chegar a uma tranquila praia. Junte tudo isto e terá uma pequena caminhada numa área turística muito popular que relembra o que foi outrora a longa e calma costa atlântica. Se quiser andar mais, há outros pequenos trilhos na reserva que seguem até lagoas ou até florestas.
Fotografia por Charles O. Cecil, Alamy
Sólheimajökull, Islândia.
O que vai andar — 1,6 a 3,2 quilómetros.
O que vai ganhar — A possibilidade de quem não é alpinista poder explorar um terminal de um glaciar.
O que vai fazer — Sólheimajökull, que se traduz aproximadamente por "a casa do glaciar do sol", é um laboratório vivo. Sendo um terminal de fácil acesso do bem maior glaciar Mýrdalsjökull, Sólheimajökull (que está coberto com uma fina camada de grão preto — detritos das erupções do vulcão Hekla) oferece ainda a possibilidade aos experientes guias islandeses de trazerem caminhantes ocasionais até à paisagem turbulenta e inconstante do interior de um glaciar.
Depois de um passeio de 0,8 quilómetros, os caminhantes podem usar o equipamento de alpinismo (crampons, machado do gelo, capacete) e começam a picar em fendas e em moinhos glaciares, agitando poços da água que moem pedras e gelo. Apesar de Sólheimajökull ter passado por períodos de isolamento e de ter crescido por todo este estreito vale, atualmente está a derreter a uma perturbadora taxa de cerca de 50 metros por ano, e pode desaparecer no próximo século.
Fotografia por Olaf Krüger, Aurora Images
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