Milhares de Pessoas Vivem Nestas Antigas Grutas Espanholas
Publicado 14/09/2018, 12:31
Piedad Mezco e Antonio Ortiz viveram uma vida inteira nas grutas de Guadix. Nasceram no interior de uma gruta e foram criados nas encostas. No passado, Antonio trabalhou numa quinta, e Piedad fazia cadeiras de madeira.
A peculiaridade dos elementos decorativos são um elemento comum no interior das grutas perto de Granada. Na imagem, um habitante pendurou quatro pistolas em torno da fotografia da sobrinha, tirada aquando da sua primeira comunhão.
Tocuato Lopez nasceu nas grutas de Guadix e ali viveu durante toda a sua vida. Quando se casou pela segunda vez, comprou uma nova gruta para a sua mulher e os dois filhos do casal. O seu quarto situa-se numa zona profunda da formação rochosa e não dispõe de quaisquer janelas ou luz natural.
Um grupo de crianças brinca em grutas abandonadas, nas proximidades das grutas que lhes servem de habitação. No passado, todas as grutas estavam ocupadas, mas, atualmente, existem várias habitações vazias na aldeia.
Um padre celebra a missa em Nuestra Señora de Gracia, uma igreja católica subterrânea situada em Guadix. Uma imagem da Padroeira das Grutas surge iluminada no centro da parede por detrás do altar deste santuário, cuja origem remonta ao século XVI.
Um conjunto de luzes ilumina o interior da gruta, onde dançarinos de flamengo atuam todas as noites. Nos casamentos da comunidade cigana, era tradição dançar-se uma coreografia, com passos e movimentos muito semelhantes aos do flamengo, mas a dança foi proibida no século XVI. Os dançarinos continuaram a dançar em segredo, e os habitantes de Sacromonte foram introduzindo variações na dança, que evoluiu para o flamengo que conhecemos na atualidade.
Duas mulheres dançam flamengo no interior das grutas de Sacromonte. A dança tradicional espanhola tem origem na região há cinco séculos, e os membros da comunidade continuam a atuar todas as noites no interior das grutas.
Sergine Mourtalla Mbacke, um imigrante senegalês, contempla a cidade de Granada e o palácio da Alhambra, outrora o lugar da corte real dos reis católicos Fernando e Isabel.
Malik, um imigrante senegalês, detém-se a olhar para uma imagem que pendurou na parede da sua gruta nas encostas de Sacromonte.
Mbacke, que vive nas grutas por razões económicas, fuma um cigarro no interior da sua casa.