Estas fotografias documentam o encanto das pequenas aves da Serra da Arrábida
O projeto de Vasco Coelho pretende documentar o maior número de espécies de pequenas aves da Serra da Arrábida e, quem sabe, revelar ao público espécies que nunca tenham visto.
Publicado 23/09/2021, 15:30
Ao entardecer, o abelharuco (Merops apiaster) quase já de partida com a chegada do mês de setembro, mostra-nos a sua precisão e perícia para caçar em voo insetos muito rápidos, tal como esta abelha que traz no bico. Em seguida, desfruta do seu lanche no asfalto ainda morno depois de um dia de calor.
Desconfiado e com algum receio, este chapim-azul (Cyanistes caeruleus) apressa-se para tomar um pequeno almoço rápido, mas antes de o fazer não perde tempo e revela-nos as suas cores únicas e variadas que o tornam numa das aves mais coloridas na avifauna portuguesa.
Com a chegada da noite, este cartaxo (Saxicola rubicola) aproveita os últimos raios de luz e prepara-se para recolher no seu abrigo e descansar para o dia seguinte.
Durante um dia chuvoso, este chapim-de-crista (Lophophanes cristatus) aproveita os momentos em que a chuva abranda para se lançar em busca de sementes, mas sempre atento olha para todos os lados para perceber se o caminho está livre de perigo.
No fim de mais um momento de alimentação, este chapim-real (Parus major) abre as asas e lança-se em voo para um pinheiro ali perto de forma a observar o seu território, porque mesmo sem fome esta ave não hesita em lutar com outras aves que se atrevam a alimentar-se neste mesmo local.
Na época de acasalamento, os melros (Turdus merula) machos têm o papel fundamental de alimentar as fêmeas que se encontram a chocar os ovos no ninho. Neste caso, este macho leva à fêmea um elevado número de formigas para que esta se consiga manter confortável sem passar fome.
Ao amanhecer, este pardal-comum (Passer domesticus) descansa neste ramo e procura em redor um local para se poder alimentar.
Ao entardecer, este pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula) alimenta-se o mais rápido que consegue, porque sabe que dentro de momentos os verdilhões aparecem para defender o seu território. Desta forma, alimenta-se da sua comida favorita e volta sempre que não sente presença de outras aves.
Curiosa e muito tímida, esta poupa (Upupa epops) para e olha diretamente para a minha objetiva, em seguida levanta a crista para mostrar que está atenta e continua a sua busca por minhocas suculentas para o pequeno-almoço.
Através de chamamentos estridentes, este rabirruivo-preto (Phoenicurus ochruros) afasta outras espécies de aves que possam estar na zona, mostrando-se uma ave bastante territorialista e protetora.
Durante a tarde, esta trepadeira-azul (Sitta europaea) observa o horizonte e percebe se o caminho para casa está livre de perigo. Após alguns minutos de alimentação, esta ave costuma subir este tronco e observar o horizonte antes de voltar ao local onde costuma pernoitar.
Mostrando-se superior, este verdilhão (Carduelis chloris) ataca qualquer ave que tente pousar neste ramo, defendendo assim o seu território.
Numa tentativa de alimentação, este bico-grossudo (Coccothraustes coccothraustes) observa-me e tenta perceber se é seguro descer em direção ao chão para comer algumas sementes. Após alguns segundos, percebe que um bando de verdilhões está por perto e foge para uma árvore ali perto.
Após um longo jogo de escondidas, este pica-pau-malhado-grande (Dendrocopos major) revela-se por breves segundos, mas depois volta a esconder-se por trás deste tronco em busca de mais insetos na casca da árvore.
Com a chegada do Verão, chegam também as andorinhas-das-chaminés (Hirundo rustica) e após algumas semanas podemos observar já algumas andorinhas juvenis a aprender a voar com os seus progenitores.